Rui Madeira já assistiu a ataques suicidas e com morteiros. Viu um supermercado explodir poucos minutos depois de ter saído com as compras e, noutra ocasião, um camião explodiu a poucos metros do local onde se encontrava. Não é o dia a dia de quem reside na capital do Afeganistão, mas é quase
DOMINGOS VIEGAS
Chegou ao Afeganistão há quase sete anos, depois de ter sido selecionado pela NATO para integrar a equipa de novos controladores aéreos do aeroporto internacional de Cabul. Além de não ter desistido, como aconteceu com muitos dos que não se adaptaram a uma realidade completamente diferente, atualmente Rui Madeira, natural do concelho de Alcoutim, chefia a torre de controlo daquele aeroporto e forma os futuros controladores aéreos locais.
Vive num campo militar, já teve ataques suicidas a escassos metros quando se aventurou na cidade e aprendeu a esconder-se debaixo das mesas quando ouve o zumbido dos RPG (granadas lançadas pelas AK47 de fabrico soviético).
“Só os loucos é que não têm medo, mas penso que já estou habituado. Depois de estarmos programados para aquilo já sabemos que depois de ouvir o barulho significa que o perigo já passou. Costumo dizer que, se morrer no Afeganistão não será afogado nem de acidente de mota porque em Cabul não tenho barco nem ando de mota”, brinca Rui Madeira…
…(Reportagem completa na edição impressa do Jonal do Algarve, que está nas bancas desde quinta-feira)
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