Era uma amizade de mais de 75 anos, que começara na extinta Escola Técnica Elementar de Serpa Pinto, quando o Manuel Silo da Graça Caetano deixara a sua Marim natal para se deslocar, diariamente até à capital sulina. Fez da casa da benquista professora (uma das mais lembradas que passou pela Fuseta o seu apoio citadino) e uma carreira brilhante quer naquela escola como depois na Tomás Cabreira, de que foi uma referência icónica, quer como aluno quer como, décadas mais tarde, dirigente da Associação dos Antigos Alunos.
Numa destas manhãs foi seu estimado filho, que nos telefonou a dar a indesejada notícia da morte do «Manel».
Um choque brutal, não obstante o sabermos de há muito doente. Partiu para a eternidade aquele que foi na vida de oitenta e alguns anos um exemplar cidadão e um chefe de família da maior dignidade. Investigador eficiente, empresário dedicado na defesa dos grandes valores sociais, inovador de primeira estirpe, alcançou no sector da produção alfarrobeira, o maior prestígio como o «Senhor Alfarroba (Mr. Carobs)».
Quer no País, como no estrangeiro (em especial Marrocos, onde realizou uma verdadeira revolução agrícola) o Manuel Caetano deixa um rasto de saudade e de respeito. Não queremos nem podemos esquecer a admirável obra realizada no plano social como dedicado dirigente que o fui de várias instituições entre as quais: a Santa Casa da Misericórdia de Faro, a Casa de Santa Isabel, a Associação dos Antigos Alunos da Escola Tomás Cabreira, etc. Um exemplo e um testemunho!
Morreu o Manuel Silo da Graça Caetano, um amigo que nos deixa uma profunda saudade!