Deputados PS pedem ao Governo medidas fortes de combate à pandemia

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O Presidente da Federação do PS Algarve, Luís Graça, e os Deputados do Partido Socialista eleitos pelo Algarve solicitaram ao Governo medidas excecionais de mitigação e combate à pandemia nos concelhos onde se registam mais de 120 e 240 casos positivos por 100 mil habitantes, assim como apoios às empresas que depois de reabrirem os seus negócios possam ter de voltar a encerrar, anunciou aquele partido.

Numa reunião esta segunda-feira com o Secretário de Estado responsável pela coordenação da Covid 19 no Algarve e a Administração Regional de Saúde sobre a situação pandémica e o processo de vacinação na região, os parlamentares Luís Graça, Jamila Madeira, Joaquina Matos, Ana Passos, e Francisco Oliveira lembraram que o Algarve é uma região segura, onde globalmente o índice Rt está abaixo de 1, considerando que os focos verificados em alguns concelhos precisam de uma atuação mais pronta e incisiva por parte das autoridades de saúde de forma a conter rapidamente a transmissão do vírus pela comunidade. Nesse sentido, propõem, a exemplo do que existiu em Lisboa, a criação de uma comissão de coordenação especial nos concelhos onde existam mais de 240 casos por 100 mil habitantes.

No encontro, concluiu-se ainda que existe uma discrepância na fórmula matemática utilizada para calcular o rácio de incidência, uma vez que a população presente no Algarve, ou inscrita nos centros de saúde, é superior à população registada pelo INE, dado que os turistas, trabalhadores imigrantes ou residentes estrangeiros contam em caso de ficarem positivos, mas não contam em termos populacionais.

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Para os deputados do PS, “esta discrepância entre o numerador e o denominador distorce os resultados da equação que está a ser utilizada para calcular a evolução da pandemia, como é particularmente visível em concelhos como Portimão, Aljezur ou Vila Real de Santo António” e entendem, por isso, que “não basta olhar para o aumento do número de casos positivos na folha Excel e de quinze em quinze dias decretar que um determinado concelho tem de parar ou até regredir a sua atividade económica”.

“O Ministério da Saúde tem, em cada momento e de acordo com a realidade de cada município, de prescrever do ponto de vista da saúde pública a terapia adequada à situação pandémica. Não podemos esperar que os números diminuam por si só e, no caso de aumentarem, fechar a economia”, defendem os socialistas algarvios, considerando desejável aumentar a testagem nos concelhos com mais de 120 e 240 casos por 100 mil habitantes de forma a identificar e isolar rapidamente qualquer caso positivo e contactos próximos.

Os parlamentares alertaram ainda o responsável do Governo e as autoridades de saúde da região para a necessidade de acelerar o ritmo da vacinação quando se verifica que o vírus circula num determinado contexto ou espaço social, como foi feito anteriormente para os lares de idosos. Em relação a este processo, os responsáveis informaram que esta semana chegará às 100 mil vacinas administradas na região, ao iniciar-se a segunda fase, com a abertura de 11 novos centros de vacinação.

“Estas tarefas, designadamente a testagem, não podem estar apenas dependentes do esforço financeiro e da vontade de cada autarquia, é preciso que o Estado central assuma igualmente o seu papel”, consideram os socialistas eleitos pelo Algarve, que defendem igualmente um reforço de vigilância, por parte da PSP e GNR, no cumprimento da obrigação do uso de máscara e das regras de distanciamento e higiene respiratória nos espaços públicos.  No caso das empresas que se virem obrigadas a encerrar novamente, como aconteceu em Portimão, pretendem que seja adotado um programa de apoio às empresas, “porque é insustentável abrir um estabelecimento comercial como um restaurante ou um café e ter que encerrar 15 dias depois”.

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