Desemprego com subida em cadeia no 3.º trimestre, mas com queda homóloga

No que se refere à taxa de desemprego de jovens (16 a 24 anos), foi estimada em 18,8%, mais 2,1 pontos percentuais face ao trimestre anterior e inferior em 3,8 pontos percentuais ao do trimestre homólogo

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A taxa de desemprego aumentou para 5,8% no terceiro trimestre, valor superior em 0,1 pontos percentuais à do trimestre anterior e inferior em 0,3 pontos percentuais à do trimestre homólogo de 2021, divulgou esta semana o INE.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), entre julho e setembro, a população desempregada, estimada em 305,8 mil pessoas, aumentou 2,3% (7,0 mil) em relação ao trimestre anterior e diminuiu 4,1% (12,9 mil) face ao trimestre homólogo.

Para a evolução homóloga da população desempregada contribuíram, principalmente, os decréscimos nos seguintes grupos populacionais: homens (8,2 mil; 5,7%); pessoas dos 16 aos 24 anos (10,7 mil; 13,9%); com ensino superior (14,7 mil; 15,3%); à procura de novo emprego (14,3 mil; 5,2%); e desempregados há 12 e mais meses (24,8 mil; 16,2%).

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A população empregada foi estimada em 4.929,1 mil pessoas e aumentou 0,6% (27,3 mil) em relação ao trimestre anterior e 1,0% (51,0 mil) relativamente ao trimestre homólogo.

De modo semelhante, também a correspondente taxa de emprego, que se situou em 56,7%, aumentou em relação aos dois períodos de referência: 0,3 pontos percentuais e 0,6 pontos percentuais, respetivamente.

A população inativa com 16 e mais anos foi estimada em 3.575,4 mil pessoas, diminuindo 0,8% (29,0 mil) relativamente ao trimestre anterior e 1,0% (36,8 mil) em relação ao trimestre homólogo.

A subutilização do trabalho – que agrega a população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis e os inativos disponíveis, mas que não procuram emprego – abrangeu, por sua vez, 603,1 mil pessoas, tendo aumentado 0,4% (2,4 mil) em relação ao trimestre anterior e diminuído 6,1% (39,3 mil) face ao trimestre homólogo.

Já a taxa de subutilização do trabalho, estimada em 11,2%, manteve-se em relação ao trimestre anterior e teve um decréscimo de 0,7 pontos percentuais por comparação com o período homólogo.

A proporção da população empregada que trabalhou sempre ou quase sempre a partir de casa com recurso a tecnologias de informação e comunicação, isto é, em teletrabalho, foi de 17,0%, abrangendo 836,7 mil pessoas, menos 2,6 pontos percentuais do que no segundo trimestre de 2022.

De julho a setembro, 42,1% da população desempregada encontrava-se nesta condição há 12 ou mais meses (desemprego de longa duração), valor inferior em 8,8 pontos percentuais ao do trimestre precedente e em 6,0 pontos percentuais ao do trimestre homólogo.

No que se refere à taxa de desemprego de jovens (16 a 24 anos), foi estimada em 18,8%, mais 2,1 pontos percentuais face ao trimestre anterior e inferior em 3,8 pontos percentuais ao do trimestre homólogo.

No terceiro trimestre, a taxa de desemprego foi superior à média nacional em três regiões NUTS II do país (Área Metropolitana de Lisboa: 7,6%; Região Autónoma da Madeira: 6,2%; Região Autónoma dos Açores: 6,0%), igual na região Norte (5,8%) e inferior nas restantes três regiões (Algarve: 4,4%; Centro: 4,3%; Alentejo: 4,3%).

Em relação ao trimestre anterior, a taxa de desemprego aumentou em três regiões, com destaque para a Área Metropolitana de Lisboa (0,8 pontos percentuais), e foram observados decréscimos nas restantes quatro regiões, o maior dos quais na Região Autónoma da Madeira (1,1 pontos percentuais).

Na comparação homóloga realça-se a diminuição da taxa de desemprego no Alentejo (1,5 pontos percentuais), que superou as variações negativas observadas nas restantes as regiões, exceto na Área Metropolitana de Lisboa, onde se verificou uma variação positiva de 0,9 pontos percentuais.

Fazendo uma comparação com a União Europeia (UE), e com dados do segundo trimestre de 2022, o INE refere que a taxa de desemprego de jovens na UE a 27 foi estimada em 14,4%, menos 2,3 pontos percentuais do que em Portugal (16,7%), que nesse trimestre apresentou a 13.ª taxa mais elevada na UE-27.

Em relação ao primeiro trimestre de 2022, a taxa de desemprego de jovens aumentou 0,1 pontos percentuais na UE-27 e diminuiu 3,9 pontos percentuais em Portugal. Relativamente ao segundo trimestre de 2021, a taxa diminuiu mais em Portugal (7,0 pontos percentuais) do que na UE-27 (3,1 pontos percentuais).

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