Distrito de Faro teve um dos maiores crescimentos populacionais do país

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Para além de Faro, e no sentido contrário às restantes regiões do País, os maiores crescimentos populacionais em capitais de distrito verificaram-se em Braga (6,5%), Aveiro (3,1%), Setúbal (2,1%) e Leiria (1,4%). Viseu teve um aumento de 0,4%.

À data censitária a que se referiu a recolha de dados, o dia 19 de abril, Portugal tinha 10.347.892 residentes, menos 214.286 (02%) do que em 2010, e 48% dos habitantes eram homens e 52% mulheres, segundo os dados preliminares divulgados pelo INE em julho.

Com estes dados, Portugal descobriu, em 2021, que perdeu mais de 200 mil habitantes numa década, a primeira vez em 50 anos, e que o interior continua a perder população para o litoral, conclusões dos Censos realizados quase na totalidade pela Internet.

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A população atual está perto do nível que se verificava há 20 anos e há cinco décadas que não diminuía de censo para censo.

Vivem menos pessoas em Portugal porque o saldo natural (diferença entre número de mortes e número de nascimentos) foi negativo, com um resultado de menos 250.066 pessoas, uma quebra que o saldo migratório (diferença entre número de emigrantes que partem e imigrantes que chegam), apesar de positivo, não chegou para compensar.

Quanto à Área Metropolitana do Porto, perdeu 22.129 pessoas e tem hoje 1.737.395 habitantes.

A perda de população mais acentuada deu-se no Alentejo, onde vivem hoje atualmente 704.934 pessoas, menos 6,9%.

Na Região Autónoma da Madeira, a perda foi de 6,2%, no Centro de 4,3%, nos Açores de 4,1% e no Norte de 2,7%.

Portalegre é o distrito com menos habitantes (22.369) e foi a capital de distrito que perdeu mais pessoas, registando em 2021 menos 10,3% de habitantes do que em 2021.

Foi em outras capitais de distrito do interior do país que se verificaram as maiores perdas de população desde 2011: Beja perdeu 6,8%, tal como Castelo Branco, Guarda perdeu 5,6% e Évora 5,4.

Dos números do Censos 2021 retira-se ainda que cerca de metade da população portuguesa se concentra em 31 concelhos, sobretudo nas áreas metropolitanas, apesar de as principais cidades do país terem também hoje menos habitantes: Lisboa tem 544.851, menos 1,4%, e o Porto tem 231.962, menos 2,4% do que em 2011.

Em 257 dos 308 municípios portugueses houve perda de população nos últimos dez anos, mais 60 do que em 2011.

O número de agregados domésticos privados e agregados institucionais cresceu 2,7% para 4.156.017, o que, aliado ao decréscimo populacional, significa também que o tamanho médio desses agregados desceu de 2,6 para 2,5 pessoas.

Os resultados definitivos dos Censos 2021 só deverão ser conhecidos no quarto trimestre de 2022.

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