Dos seis candidatos às presidências iranianas, que se realizam esta sexta-feira, apenas um é conotado com o campo reformista. Outros dois são procurados pela Interpol.
Dos 686 iranianos que se registaram para participar nas eleições presidenciais desta sexta-feira, apenas oito passaram no crivo do Conselho dos Guardiões – o órgão que avalia as credenciais ideológicas dos candidatos.
Dois deles desistiram na passada segunda-feira. Mohammad Reza Aref, de 63 anos, um professor na Universidade de Tecnologia de Teerão que integrou governos liderados pelo reformista Mohammad Khatami, cedeu aos apelos para que abandonasse a corrida em favor do moderado Hassan Rouhani.
O outro desistente foi Gholam-Ali Haddad-Adel, de 68 anos, um deputado próximo do Líder Supremo – uma sua filha é casada com um filho do “ayatollah” Ali Khamenei. Afastou-se sem revelar que candidato passaria a apoiar.
Restam seis candidatos: um reformista (Hassan Rowhani) e cinco conservadores, dois deles (Ali Akbar Velayati e Mohsen Rezaei) são procurados pela Interpol, acusados de envolvimento no atentado contra o centro judaico de Buenos Aires, em 1994, que provocou 85 mortos.
Na eventualidade de nenhum deles obter 50% dos votos, está prevista uma segunda volta para o próximo dia 21.