Domingo é dia da Festa da Mãe Soberana em Loulé

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Festividades começaram na quinta-feira, mas o ponto alto acontece no domingo. Trata-se da maior manifestação de fé que se realiza a sul de Fátima

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Este domingo, 4 de maio, a cidade de Loulé revive uma das mais importantes manifestações de fé do sul do país. Trata-se da Festa da Mãe Soberana, evento que atrai milhares de peregrinos e visitantes a Loulé mas que conta, também, com um forte envolvimento da sociedade louletana.

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Depois da descida da imagem do seu santuário até ao Largo de S. Francisco, no Domingo de Páscoa, designada como Festa Pequena, esta Festa Grande culmina com o regresso a “casa” da imagem de Nossa Senhora da Piedade, numa procissão em que os homens do andor são também o centro das atenções.

No domingo, pelas 10h00, na Igreja de S. Francisco, onde se encontra há cerca de 15 dias a imagem da Mãe Soberana, é celebrada uma eucaristia. Segue-se, às 11h00, a saída da imagem da Nossa Senhora da Piedade, em procissão, para o Largo do Monumento Engº Duarte Pacheco. Este momento conta também com a participação da Banda Sociedade Musical de Instrução e Recreio Aljustrelense.

Às 12h00, realiza-se mais uma eucaristia, desta vez já junto ao Monumento Engº Duarte Pacheco, com o tempo de louvor e saudação à Nossa Senhora da Piedade.
Às 16h00, tem lugar o primeiro momento alto das celebrações – a missa campal junto ao referido monumento, presidida pelo bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, com a sagração à Nossa Senhora, presenciada por muitos fiéis. De seguida tem início a grande procissão, que irá percorrer as principais ruas da cidade.

O encerramento da procissão litúrgica no Largo de S. Francisco está marcado para as 18h00, seguindo-se o momento mais importante das celebrações. Oito homens carregam o andor, vestidos de calças e opas brancas, acompanhados por dois tochas, sobem o íngreme cerro, ao ritmo acelerado da música da Banda Filarmónica Artistas de Minerva, acompanhados pela população a exibir-se em manifestações diversas mas verdadeiramente sentidas.

A escalada do caminho que dá acesso ao altar da Nossa Senhora da Piedade é um documento espantoso da fé cristã nesta terra. Ao esforço gigantesco dos homens que transportam a Virgem, alia-se a força espiritual dos muitos fiéis que, em vivas à Nossa Senhora, em passo vivo e na cadência musicada dos homens da banda, vão “empurrando”, no calor da fé e calçada acima, o pesado andor da padroeira.

As festividades terminam com um espetáculo de fogo-de-artifício, junto à Ermida da Nossa Senhora da Piedade, pelas 23h00.

Esta tradição, que remonta ao século XVI, constitui a principal manifestação religiosa a sul de Fátima e, nesse sentido, é também um cartaz turístico para a cidade de Loulé e região algarvia.

Nesta demonstração de grande culto pela fé existem duas vertentes distintas: a religiosa, no seu mais sentido significado, e a profana, na mais ampla e liberal exteriorização popular. Este cenário imenso da religiosidade louletana, de características tão locais como únicas, só pode ser sentido na alma de cada crente, quando vivido. Uma vivência feita de fervor religioso e de testemunho cristão, cuja explicação reside unicamente na essência dogmática da própria fé.

 

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