Juiz Carlos Alexandre aplica medida de coação mais grave a Duarte Lima. Em causa está o processo de alegada burla ao BPN. Filho sai em liberdade.
Duarte Lima ficará em prisão preventiva, a medida de coação mais grave. O filho sai em liberdade mas é obrigado a fazer apresentações numa esquadra todas as semanas e fica proibido de sair do país.
Os dois arguidos tinham sido interrogados durante todo o dia de ontem no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, pelo juiz Carlos Alexandre.
Esta medida de coação é justificada pelo risco de fuga do país e destruição de provas por parte dos arguidos. Argumentos que a defesa do ex-líder parlamentar do PSD considera sem sentido.
Duarte Lima é suspeito de burla qualificada, branqueamento de capitais e fraude fiscal no caso BPN, banco que terá sido lesado pelo ex-deputado em 44 milhões de euros.
Residências alvo de buscas
Na quinta-feira de manhã, as suas residências, em Lisboa, no 11º andar da rua Visconde Valmor, e no Algarve, numa vivenda na Quinta do Lago, foram alvo de buscas por parte de investigadores da Polícia Judiciária.
Duarte Lima e Pedro Lima foram depois detidos e levados para os calabouços da Polícia Judiciária.
Ontem de manhã seguiram em carros descaracterizados para o Tribunal Central de Instrução Criminal. Foram inquiridos até depois das 19h.
Durante os interrogatórios, o advogado de defesa de Lima neste caso, Raul Soares da Veiga, ficou a saber da existência de novas provas no processo: escutas telefónicas e documentos.