“É preciso bem mais que a Via do Infante para salvar o país”

ouvir notícia

A introdução de portagens na Via do Infante – apresentada pelo Governo como um “ato de justiça” – é “uma medida isolada e de eficácia reduzida”, que não só não vai salvar as finanças do país, como “até vai prejudicar a economia”.

A crítica é feita por Vítor Neto, salientando, ironicamente, que “afinal a Via do Infante não chega para salvar o país”.

O ex-secretário de Estado do Turismo no governo de António Guterres, atual presidente da Associação Empresarial da Região do Algarve (NERA), diz que a decisão tomada pelo Governo socialista é “meramente política”. Ou seja, segundo Vítor Neto, a introdução de portagens na Via do Infante “não está fundamentada em critérios técnicos e económicos válidos”.

- Publicidade -

O que é verdade é que o Governo não cumpriu os compromissos políticos que assumiu e cedeu à imposição política do PSD e dos dirigentes do PS e do PSD de outras regiões, baseada na demagogia do ´ou pagam todos ou não paga ninguém´”, refere em comunicado o presidente do NERA, frisando que “a oposição de dirigentes regionais do PS e do PSD, tendo em conta as posições oficiais dos seus partidos, é apenas política e simbólica”.

Ainda de acordo com Vítor Neto, o Algarve tem lições a tirar deste processo, nomeadamente o facto de “ter um fraco peso político” e a “inexistência de um verdadeiro espírito regional”.

Apesar desta situação, o líder dos empresários algarvios acredita que ainda será possível travar a introdução de portagens na Via do Infante em abril de 2011.

Trata-se de uma medida prejudicial ao desenvolvimento da economia e ao interesse nacional. A introdução de portagens iria criar obstáculos e incómodos à mobilidade dos turistas e diminuir a competitividade do turismo perante a concorrência”, alerta Vítor Neto.

Nuno Couto / Jornal do Algarve

- Publicidade -
spot_imgspot_img

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

1 COMENTÁRIO

  1. Adeus CEE

    Estamos à beira de um abismo social sem precedentes. Antes tínhamos uma economia que podia ser gerida por princípos “domésticos”. Agora, com tantos economistas formados, não há um único digno desse nome que dê um murro em cima da mesa e faça ver que este país se vai anquilosar sem retorno nos próximos vinte anos com estas medidas anacrónicas que estão a ser tomadas?

    Com uma carga fiscal exagerada; com o aumento do IVA; com um próximo aumento dos combustíveis; com o aumento constante do fecho de empresas e consequente desemprego; para além de outras consequências que enchem páginas, onde pensam os políticos que estas medidas irão chegar.

    Em primeiro lugar pensarão que tudo isto é um sonho mau que não lhes tocará. Vamos ver.

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.