A exposição “Plásticos, Até quando a nossa Indiferença?”, promovida pelo Zoo de Lagos, continua patente no espaço público de atendimento da EMARP de Portimão, até ao próximo dia 9 de janeiro de 2015.
Numa altura em que estão espalhados por Portimão uma série, bastante criativa, de decorações de Natal efetuadas com base na reutilização de garrafas e garrafões de plástico, torna-se pertinente equacionar o impacto que este tipo de embalagens tem no meio ambiente.
Sabe-se que por cada minuto que passa são lançados no meio ambiente, e apenas no espaço da União Europeia, 190 mil sacos de plástico. Se pensarmos no planeta Terra, este número sobe para 1 milhão, ou seja 1,5 bilhões por dia e mais de 500 bilhões por ano. Estes são números difíceis de compreender, tanto mais que apenas 1% dos sacos são depositados no contentor amarelo e devidamente reciclados. Os restantes 99% ficam espalhados pela natureza.
Os sacos e os plásticos chegam muitas vezes aos mares arrastados pelo vento e pela água, mas os barcos que navegam pelos oceanos também contribuem com os seus desperdícios. Depois, as correntes marítimas, com a ajuda de redes de pesca velhas, abandonadas ou perdidas, vão juntando e compactando esta massa criando autênticas ilhas de plástico. E o resultado direto desta sopa de plástico é a morte de mais de um milhão de aves e de cem mil mamíferos marinhos por ano.
A exposição alerta para estes factos, mas também aponta soluções. Nas compras, há que evitar produtos com excesso de embalagens descartáveis e reduzir o uso de sacos de plástico, trazendo-os de casa ou utilizando os de pano. É essencial ter presente a ideia de utilização consciente dos sacos de plástico, reduzindo o seu uso, reutilizando-os, reciclando-os no contentor amarelo e, sempre que possível, recusando-os.
Resumindo, num segundo é fabricado um saco de plástico convencional, que é utilizado por nós durante uma hora, mas que a natureza leva 500 anos para decompor. Pense nisto e visite a exposição patente no atendimento da EMARP.
JA
