A Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Portimão (EMARP) veio lamentar esta quinta-feira, dia 3 de agosto, a situação vivida atualmente em Portimão, referindo que está “solidária com a indignação manifestada diariamente pelos munícipes, através de críticas nas redes sociais e reclamações formais”.
Recorde-se que os trabalhadores da recolha do lixo e higiene urbana de Portimão anunciaram na quarta-feira, dia 2, quatro dias de greve a partir de sexta-feira, por aumentos salariais e valorização das carreiras, avançou fonte do sindicato do setor.
A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL). A paralisação vai abranger os trabalhadores da EMARP, empresa municipal gestora pela recolha, tratamento e deposição de resíduos urbanos e higiene urbana de Portimão, cuja Câmara Municipal detém 100% do capital social.
Numa comunicado enviado às redações, a EMARP refere que “um pouco por todo o município existem ilhas ecológicas com os contentores destinados à separação seletiva dos fluxos recicláveis (papel e cartão/plástico e metal/vidro) a transbordar, com resíduos acumulados durante vários dias, que acabam por voar pelas ruas ou ser levados pelos animais, verificando-se um estado de insalubridade que não é aceitável para a nossa cidade”.
A situação referida deve-se “à recolha ineficiente dos resíduos recicláveis, única e exclusivamente da responsabilidade da ALGAR, entidade responsável pela recolha seletiva destes três fluxos na região algarvia”, prossegue a nota.
A EMARP vem esclarecer que é responsável pela recolha “de resíduos urbanos indiferenciados e orgânicos, que durante a época estival também sofrem um aumento substancial, exigindo por parte da empresa um esforço adicional com uma periodicidade de recolha diária de forma a dar a resposta necessária e evitar que haja acumulação destes resíduos nas ruas portimonenses. Este desígnio tem sido cumprido”, destaca a empresa..
Sublinha ainda “o facto da empresa ALGAR não ser contratada pela EMARP, não havendo da nossa parte qualquer poder de influência no que diz respeito à operação dessa empresa”.
Mais informa, atendendo “que a situação é recorrente e tem vindo a piorar”, que por diversas vezes “foram efetuados vários alertas junta da referida entidade, havendo inclusive uma comunicação dirigida à ERSAR (Entidade, Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos) a solicitar a intervenção da instituição na resolução do problema” termina a nota.