Empresários e hoteleiros algarvios contra aumento das taxas municipais

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Taxas de água e saneamento, taxas turísticas, derramas e IMI são apenas algumas das muitas taxas cobradas pelas câmaras municipais que devem aumentar nos próximos meses. Para a associação dos hoteleiros algarvios, esta situação vai criar maiores dificuldades às empresas da região, que se queixam de já não terem condições para continuar a encaixar mais aumentos de impostos.

A Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) apelou esta segunda-feira ao “bom senso” dos responsáveis autárquicos para “resistirem à tentação de resolverem os seus graves problemas financeiros, através de uma corrida ao aumento e à criação de novos impostos e taxas municipais”.

“A perda de competitividade da economia do turismo é a consequência direta, entre outros fatores, de uma fiscalidade elevada comparativamente aos nossos concorrentes, nomeadamente taxas e impostos municipais”, alega a associação, em comunicado, acrescentando que “o crescimento desmesurado e algo descontrolado que se vem verificando nos últimos tempos destas taxas e impostos, tem agravado ainda mais a competitividade do turismo regional”, criando maiores dificuldades às empresas algarvias.

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A AHETA enumera os casos das taxas de água e aluguer de contadores, recolha de resíduos sólidos urbanos, saneamento, derramas, taxas de segurança, taxas turísticas, taxas de disponibilidade, imposto municipal sobre imóveis (IMI), “entre muitas outras”.

“A atual elasticidade da procura não permite transferir para o turista/consumidor o aumento destas taxas, sendo as mesmas suportadas pelas empresas”, alertam os hoteleiros algarvios, frisando que “aumentar impostos pode ser a solução mais rápida e fácil para solucionar os problemas no curto prazo das autarquias, mas é também a que mais compromete o futuro”.

“As unidades hoteleiras e os empreendimentos turísticos do Algarve não podem ser a solução para todos os males financeiros dos municípios do Algarve, nem têm condições para continuar a encaixar mais aumentos de custos”, conclui a AHETA, defendendo uma harmonização das taxas e impostos em todos os municípios, “de forma a evitar situações de concorrência desleal entre empresas do mesmo ramo de atividade e a operar nos mesmos mercados”.

NC/JA
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