A Direção Regional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) comunicou, na sexta-feira, dia 22, a intenção dos enfermeiros do Algarve em avançar com uma greve caso a Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve não agende uma reunião com aquela classe de profissionais de saúde.
O SEP já tinha acusado na quarta-feira, dia 20, em comunicado enviado às redações, o atual Conselho de Administração da ULS do Algarve de continuar “a não querer reunir e resolver os problemas dos enfermeiros da ULS Algarve”.
Segundo o SEP, apesar dos pedidos de reunião “já efetuados” e da iniciativa local “Pontes em vez de muros”, que decorreu no dia 26 de fevereiro no Hospital de Faro, os “problemas agravam-se e a Administração continua a não demonstrar vontade de resolver. Só assim se entende o não agendamento de reunião reiteradamente solicitada”, pode ler-se na nota.
“A atual administração foi nomeada em novembro passado, tal como previsto na lei e entrou em plenas funções em janeiro de 2024”, recordam.
“Passados três meses continuamos sem qualquer resposta aos pedidos de reunião que permitam resolver os problemas sentidos pelos enfermeiros sobre: contabilização de pontos a enfermeiros especialistas e chefes promovidos até 2011 (existem orientações explicitas do Ministério da Saúde para resolver), retirada de direitos e horários desregulados – centenas de horas de trabalho extraordinário, ausência de intervalos entre turnos que permita o descanso físico e psicológico”, lê-se na nota.
No comunicado, o SEP reitera o pedido de reunião “com caráter urgente” à Administração da USL do Algarve, informando também que, paralelamente, irão “reunir com os enfermeiros nos serviços”.
“Caso a reunião não seja agendada decidiremos formas de luta que poderá chegar à greve”, termina a nota.
