Estado Islâmico não só já usou armas químicas como consegue produzi-las, garante diretor da CIA

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Foto de arquivo, que mostra combatentes do Daeh a desfilar em Raqqa, na Síria

O autoproclamado Estado Islâmico (Daesh) já utilizou “várias vezes” armas químicas no terreno, quer no Iraque quer na Síria, e consegue fabricar pequenas quantidades de cloro e gás mostarda, denunciou o diretor da CIA, John Brennan, numa entrevista ao programa “60 Minutos” da estação televisiva CBS na noite desta quinta-feira (madrugada de sexta em Portugal). “Houve um certo número de vezes em que o chamado Estado Islâmico utilizou armas químicas no campo de batalha” e a “CIA acha que o grupo tem capacidade de fabricar pequenas quantidades de cloro e gás mostarda”, garante Brennan.

Na mesma entrevista, o chefe da agência de espionagem externa dos Estados Unidos diz que, neste momento, não está excluída a hipótese de o grupo começar a exportar esse tipo de armamento para o estrangeiro, em particular para o Ocidente, onde simpatizantes do grupo extremista e nalguns casos até militantes têm levado a cabo atentados terroristas, como o que em novembro causou a morte a mais de 130 pessoas em Paris. “Creio que existe sempre esse potencial”, declarou Brennan quando questionado sobre a possibilidade. “É por isso que é tão importante cortar as suas várias rotas de distribuição e as rotas que têm usado para traficar” armamento, materiais de produção de armas químicas e petróleo.

Esta terça-feira, o chefe maior das secretas norte-americanas, James Clapper, já tinha garantido que o Daesh tem usado químicos tóxicos no Iraque e na Síria, incluindo o famigerado gás mostarda. Em setembro, um outro funcionário norte-americano tinha denunciado a utilização de armamento químico por militantes jiadistas, que teriam encontrado este tipo de munições nas reservas mantidas pelo regime sírio de Bashar al-Assad.

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Joana Azevedo Viana (Rede Expresso)

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