O Museu Municipal de Arqueologia de Albufeira exibe a mostra itinerante “Pioneiros do Conhecimento Científico do Algarve”, realizada no âmbito da Rede de Museus do Algarve.
Até ao próximo dia 1 de junho, poderá conhecer de perto algumas das personalidades que se destacaram a nível regional desde os finais do século XVIII até ao século XX.
Esta mostra, que foi produzida conjuntamente por dez instituições pertencentes à Rede de Museus do Algarve, é pela primeira vez consagrada a 11 figuras com trabalhos e legados relevantes para o conhecimento histórico e científico sobre a região.
Depois da exposição “Algarve – Do Reino à Região”, os museus algarvios voltam a unir-se, desta vez em torno do projeto comum “Pioneiros do Conhecimento Científico do Algarve”, o qual incide sobre a geração de personalidades que, desde os finais do século XVIII até ao século XX, procuraram esclarecer e fundamentar os contornos da identidade do país, através do estudo da história e da cultura popular, designadamente na região algarvia.
A exposição ficará patente no Museu de Albufeira até ao dia 1 de junho, altura em que se seguirá a sua itinerância pelos vários concelhos e museus de Silves, Loulé, Vila Real de Santo António, Lagoa, Lagos, Vila do Bispo, Tavira e São Brás de Alportel.
O leque de personalidades apresentadas vai de José Sande Vasconcelos a Estácio da Veiga, passando por Santos Rocha, Ataíde Oliveira, José Leite Vasconcelos, José Formosinho, Estanco Louro, Padre Manuel Madeira Clemente, Padre Nunes da Glória, Padre Semedo de Azevedo e João Grade, uns por serem naturais da região e outros porque se debruçaram sobre as comunidades locais, revelando a forma pioneira como estudaram e registaram a paisagem social, científica e cultural do Algarve.
Os interessados nas “coisas do povo”
Grande parte destes pioneiros, interessados nas “coisas do povo”, destacaram-se no panorama de um período que se caracterizou pela crescente multiplicação de investigadores e estudiosos locais, e nas primeiras aproximações à arqueologia, etnografia, histórica local, ciências e literatura oral determinantes na definição de uma identidade regional, contribuindo desse modo para a construção de algumas representações do Algarve e da sua cultura popular, as quais ainda hoje prevalecem.
A exposição pode ser vista de terça-feira a domingo, das 9h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30. No dia 17 de maio, data em que se comemora a Noite dos Museus, o espaço estará aberto entre as 14h00 e as 22h00. O Museu Municipal de Arqueologia encerra à segunda-feira.
JA
