Exposição “Salazar 40 Anos?” patente na Biblioteca de Alcoutim

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A Biblioteca Municipal Carlos Brito – Casa dos Condes, em Alcoutim, tem patente a exposição “Salazar 40 Anos?”, até dia 17 de abril, comunicou a autarquia.

“Aproximava-se o ano de 1966, quando passavam quarenta anos do 28 de Maio de 1926 e a ideia surgiu naturalmente. Era necessário participar mais direta e empenhadamente na denúncia de um regime que parecia eternizar-se no poder que, apesar do desgaste e do isolamento internacional, continuava a enviar milhares de jovens para as matas africanas e encarcerar todos aqueles que tinham ideias divergentes. Os desenhos começaram a sair envolvidos por vezes num sorriso mordaz, ou apressadamente esquematizados num discurso incipiente”, refere Claúdio Torres, o artista por detrás da exposição.

“Para organizar um texto justificativo coerente recorri ao meu pai, Flausino Torres, já então exilado em Argel, onde colaborava com a frente Patriótica de Libertação Nacional. Foi dele a ideia de selecionar dos discursos de Salazar algumas frases e afirmações que, de certa forma, enquadrassem os desenhos”, detalha.

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A exposição conta com desenhos da autoria de Cláudio Torres, em colaboração de Faustino Torres.

Com organização do município de Alcoutim, a exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 09h30 às13h00 e das 14h00 às 17h00.

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1 COMENTÁRIO

  1. Sem demérito para as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, que nos restituiu a Liberdade, é profundamente lamentável que, neste país, o Executivo de António Costa tenha votado ao mais completo desprezo o QUINTO CENTENÁRIO do nascimento do nosso príncipe dos poetas, LUÍS VAZ DE CAMÕES, génio literário, que, a partir da estrutura medieval e arcaica da Língua Portuguesa, lhe fixou para a posteridade a grafia praticamente definitiva que hoje a caracteriza, com algumas diferenças, que a desfiguraram, mercê das mutilações que os vários (des)Acordos Ortográficos lhe trouxeram, mutilações inexistentes em línguas como o Francês, Inglês ou Alemão, no que ao léxico de origem grega e latina que as compõe diz respeito.

    Um país que não respeita e pisa aos pés os seus maiores não merece o respeito dos seus pares, designadamente os países europeus, onde a lírica camoniana, assim como a imortal epopeia “Os Lusíadas” – obra que fixou para sempre a saga lusa pelas Quatro Partidas do mundo – são estudados com mais amor e empenho do que na própria Pátria do seu autor.

    P.S. – Ainda a propósito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, é mister que sejam recordadas no seu todo e não filtradas, como certa comunicação social o faz, incluindo a estatal paga com o dinheiro dos impostos de todos os Portugueses, mas posta torpemente apenas ao serviço de alguns.
    Refiro-me, obviamente, a que não sejam sonegadas as barbaridades cometidas no âmbito do PREC – Período Revolucionário Em Curso, de 1974 / 75, cuja finalidade última – que, felizmente, foi abortada pelo 25 de Novembro – era a de instalar em Portugal uma ditadura comunista do tipo cubano, com a habitual cartilha de Partido Único, negação das liberdades e prisão e tortura para todos os que ousassem pensar pela sua própria cabeça, como podemos ver nalguns exemplos “edificantes”, como China ou Coreia do Norte, onde o povo está totalmente infantilizado.

    Sei bem do que falo, porque vivi esse tempo e fui testemunha dos excessos cometidos.
    Aqui fica, para que conste, porque vão já rareando os que a lei da vida vai levando !

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