O Bloco de Esquerda (BE) questionou esta semana o Ministério da saúde sobre o eventual encerramento das extensões de saúde de Alferce e Marmelete, ambas no concelho de Monchique.
“Estas duas unidades de saúde estão integradas no agrupamento de centro de saúde (ACES) Algarve II, cujo conselho de comunidade não reuniu alguma vez durante o corrente ano”, denuncia o bloco, que questionando Paulo Macedo sobre quais os motivos que possam estar na origem de tal resultado.
O BE explica que o conselho da comunidade é eleito por um período de três anos e “deve reunir ordinariamente uma vez por semestre”. As suas competências incluem dar pareceres sobre os planos plurianuais e anuais de atividades do ACES e respetivo orçamento. “Este órgão tem ainda a competência de alertar o diretor executivo para factos reveladores de deficiências graves na prestação de cuidados de saúde; assegurar a articulação do ACES, em matérias de saúde, com os municípios da sua área geográfica; propor ações de educação e promoção da saúde e de combate à doença; e dinamizar associações e redes de utentes promotoras de equipas de voluntariado”, acentua o Bloco de Esquerda.
Fase experimental pode arrancar já este mês
Nos últimos meses têm corrido vários rumores sobre o possível encerramento de extensões de saúde na serra algarvia. A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve estará mesmo a equacionar encerrar extensões de saúde na região, num processo que pode ter uma fase experimental a partir deste mês de outubro.
As extensões de saúde em causa estão situadas em freguesias da serra algarvia, nas quais a maioria da população é idosa, e são servidas por poucos transportes públicos. Muitas vezes são as câmaras que disponibilizam semanalmente os seus autocarros para fazer o transporte de munícipes das aldeias para as sedes de concelho.
JA
