“Façam acontecer” ou combate entre os nabos e os ABACATES…

...com o turismo algarvio a apanhar dos dois lados

Vem aí a campanha eleitoral e mal se abriu o cortinado na esperança de que tudo estivesse mais às claras, de imediato emergem as vozes discordantes, num longo caminho onde mesmo na hora do debate, se BATE mais, do que se procura dar foco às necessidades do País e dos portugueses, ao mesmo tempo e ainda sem a intervenção da IA, que diga-se o próprio António Guterres, o grande português, que é Secretário Geral das Nações Unidas, já põe em causa, sobre o que pode vir a influenciar sobre os direitos humanos, já se começaram a vender passes para a alta velocidade.

De facto, isto só se compreende pela ambição que todos temos em podermos assistir a um País a crescer… também com comboios maiores e mais rápidos, situação que levou em Coimbra, o Presidente lá da terra a agradecer o feito e dirigindo-se ao Governo, concretamente a António Costa deixou esta frase: «Façam Acontecer» …

Mas já nesse tempo bem distante a prioridade era o Norte de Portugal. Também é verdade que o comboio em Vila Real de Santo António, também teve com quem falar, ainda que esteja mais silencioso agora, o que antes não acontecia quando havia o apeadeiro do Guadiana e desistiram dele, talvez com medo de que o «comboio viesse de cabeça perdida» e entrasse pela «Alfândega», que hoje é a PSP, ou então, pela «casinha do Porto», que era o antiga Cais da Rainha D. Amélia, que hoje já não existe. Nem o cais, nem a Rainha…

Por muitos anos de vida que o comboio comemore das suas diferentes chegadas ao Algarve, porque foi sempre chegando aos poucos, dizem que de Faro para Vila Real de Santo António, nada mudou, com excepção de algumas estações/armazéns que se transformaram em bares e restaurantes, ou então o «justo despedimento» das mulheres e dos homens velhos, que de sinalética na mão, bandeira ou candeeiro mal iluminado estavam nas passagens de nível, que aos poucos e ainda bem forma sendo eliminadas…

O resto tudo como dantes, e nem vamos lembrar que por exemplo, Loulé e São Brás de Alportel, nunca viram o comboio chegar e que na terra presidida por Vítor Guerreiro, até tem o «sítio da Estação».

Num tempo em que se canta cada vez mais de galo, o comboio de alta velocidade e ainda bem, o Algarve continua a ver comboios.

Mas ninguém refila, todos deixam andar, afinal o Algarve, a nossa terra do «sol nascente» e com «um poente» por vezes indiscritível e que nenhuma inteligência artificial é capaz de igualar, só interessa no verão e agora neste culto de «dizer e não fazer», em que se constituem as campanhas eleitorais, em relação ao Algarve, as prioridades e as decisões e as suas consequências extravasam sempre pela indiferença.

Já começou a chegar das barragens cheias do norte, água para o Algarve

Nós acreditamos, que mais que a longa dívida que os governantes têm para com o Algarve, desde o sempre adiado hospital Central, que quando do lançamento da quinta pedra, já terá outro nome, uma espécie de um «falso concurso de decisões», só abrilhantado por uns quantos, que hoje já nem se lembram as vezes que se reuniram para dar o nome de Gago Coutinho, honra seja feita ao aviador, ao Aeroporto de Faro. E nem vamos falar da EN 125, que já no tempo de José Sócrates, ia ter as chamadas obras de arromba. Bem, e aquela passagem por Boliqueime, nem precisávamos de tantos arquitectos, até a minha neta Sofia, com cinco anos, desenha melhor… E nem vamos lembrar as portagens da Via do Infante ou as projectadas, mil vezes projectadas, obras ao longo da Costa Algarvia, sobretudo, no Sotavento, porque qualquer dia acordamos com os pés dentro de água. E nem vamos falar dos constantes atropelos ao turismo, com os «campos de golfe a esmagando» a ausência de barragens e o ABACATE, a esmagar os nossos sonhos por um copito de água, que até arrastam a família dos nabos, o que servem para a sopa e os outros os NABOS decisores supremos ignorantes, com alguma imprensa a troco de duas lentilhas a esmagar Vale de Lobo (outra vez Loulé)… Aliás, como quem repara que é o NORTE, quem decide, até o DN, de 22 de janeiro, chama à Capa: «SECA NO ALGARVE E ALENTEJO. COM AS ALBUFEIRAS CHEIAS, NO NORTE REJEITA-SE A IDEIA DE TRANSVAZES PARA O SUL» E tanta é a guerra por culpa da água, quando os espanhóis querem vir buscar água ao Alqueva e quando nas televisões, surge um jovem técnico, que mais parece viver na lua, quando reclama, que no Algarve por exemplo era urgente fazer-se como no Japão, onde com a canalização das casas, até se consegue recuperar a água toda. É uma espécie de água que sai e entra sem sair… Até estava a ver, que este amigo jovem tinha feito parte do recente debate na Antena I, sobre Doença Mental, pois quando acabou o Debate, que mais parecia uma impossível e improvável sessão de espiritismo, eu é que ia dando em maluco. Mas estes responsáveis, estas figuras de tanto prestígio na saúde mental, na psicologia, nas áreas clínicas mais sensíveis, entram em debates e em explicações, sabendo que das escolas aos centros de saúde e hospitais, a não ser que seja para uns quantos, o País, não está em condições de responder. Por isso, o meu grande apelo, é que esta campanha eleitoral tenha como direcção tudo fazermos para que o CHEGA, não tenha futuro. Nós sabemos que não é fácil, mas que será sempre quer queiramos quer não uma soma de arrependimentos por parte de todos os partidos políticos com assento Parlamentar, ainda que tínhamos que sublinhar o ódio que o BLOCO DE ESQUERDA, tem em relação a uma certa classe de portugueses. Aliás, a actual líder do BLOCO, também vive com falta de outras memórias… que também muito tem feito para ALIMENTAR O CHEGA. RESTAURAR O CHEGA, com agravante de outros partidos, nos últimos meses, largos meses já começam a ter tiques de CHEGA.

Aproveito para lançar um desafio aos responsáveis pelas COMEMORAÇÕES DOS 50 ANOS DO 25 DE ABRIL DE 1974, em LOULÉ, que tenham a humildade e a coragem, em convidar a subir ao PALCO MAIOR para falar sobre a data, o grande DEMOCRATA, Luís Filipe Madeira

Filipe Madeira, o nosso maior tribuno, aqui com Fialho Anastácio a seu lado, não pode ser ignorado em Loulé, nos 50 anos de Abril

O tempo é de restaurarmos a esperança e a confiança. De sermos capazes de nos tornarmos finalmente humildes, combatendo a nossa própria presunção. É a hora de sermos capazes de nos unirmos, de olharmos por dentro de nós próprios e eu deixo um exemplo sem me dirigir concretamente a ninguém, mas que ler, saberá a quem me refiro e nós não merecíamos, com a agravante se sentir e testemunhar que essas pessoas, que sempre considerei amigos, e que também fui «ascensorista» para as viagens políticas que hoje fazem, e fazem bem, que forte me atacaram, quando das eleições locais do PS eu que não voto, porque tenho as quotas em atraso, fui para as redes sociais, colocar-me ao lado de um candidato, em nome da liberdade, da coerência, em nome dos respeito pela democracia, pela qual luto todos os dias, porque cinquenta anos depois, e com o CHEGA A ESCALAR PAREDES, nem podemos dormir descansados, o melhor é nem dormirmos…

Vêm aí a campanha eleitoral e aproveito para lançar um desafio aos responsáveis pelas COMEMORAÇÕES DOS 50 ANOS DO 25 DE ABRIL DE 1974, em LOULÉ, que tenham a humildade e coragem, de convidar a subir ao PALCO, para falar sobre a data, o grande DEMOCRATA, Luís Filipe Madeira, para quem o Algarve e o concelho de Loulé e não quero soletrar o País e o PS tanto devem. Agora os tempos são outros. Pois são… Filipe Madeira ainda é o maior tribuno que conheci…

O abaixo-assinado, o grito dos frustrados ou a ironia como leio o documento

Foi com grande entusiasmo e exaustivas vivas a Portugal, que neste mês de Janeiro chegaram a Portugal, uma mão cheia de voluntariosos portugueses, homens e mulheres, que de imediato se juntaram no Café Martinho, no Rossio, em Lisboa, para após uma reunião de pouco mais de vinte minutos, entre dois pastéis de Belém e uma ginjinha, escreverem e assinarem, um abaixo-assinado, onde se lê:

Pelo que viemos a saber mais tarde, coube ao veterano jornalista Adelino Gomes, que escreveu 300 livros sobre o 25 de Abril, primeiro a escrita e depois a narração do difícil texto, que todos acordaram e assinaram por baixo.

Recordemos, que ainda no Aeroporto de Lisboa, diga-se, que ainda se localiza no mesmo sítio, foram recebidos pela banda da Guarda Nacional Republicana, incompleta, por que alguns dos seus elementos, estavam em S. Bento, em protesto.

Referência ainda, para a gratidão com que os portugueses, como é o meu caso, receberam este abaixo-assinado, só possível por um grupo de portugueses, que pelo que se lê, deveriam estar há imensos anos no estrangeiro, e cujo texto é sem dúvida uma grande alavanca para as grandes transformações que o País e os portugueses precisam. Aliás, este é um momento que só pode ser enaltecido por quem está fora de Portugal, pois nenhum português que aqui vivia se intrometeria naquele abaixo-assinado.

Sem ter tido tempo para fazer um selfie com o grupo, Marcelo Rebelo de Sousa, já agendou um encontro no Palácio de Belém, onde será servido um chá para combater a falta de memória e a concentração. Viva Portugal.

Mas ainda voltaremos a «brincar aos comboios» É preciso que «FAÇAM ACONTECER»…

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