Dois golos de fora da área dos suplentes Fabrício Isidoro e Rafael Barbosa nos descontos permitiram hoje ao Farense superiorizar-se na visita ao Boavista (3-1), na 11.ª jornada da I Liga de futebol, agudizando o declínio ‘axadrezado’.
No Estádio do Bessa, no Porto, os algarvios garantiram os três pontos aos 90+2 e 90+6 minutos, num embate em que o eslovaco Róbert Bozeník ainda chegou a repor o empate para os anfitriões, aos 86, após o golo inaugural do luso-guineense Elves Baldé, aos 29.
O Farense alcançou a terceira vitória consecutiva e subiu ao oitavo lugar, com 16 pontos, ultrapassando o Boavista, nono colocado, com 15, que, depois de ter protagonizado um arranque auspicioso, não triunfa há seis encontros e perdeu pela terceira ronda seguida.
Orientados no banco pelo treinador-adjunto Nuno Pereira, face à suspensão de Petit, as ‘panteras’ repetiram os titulares da derrota no terreno do Rio Ave (0-2), da ronda anterior, e tiveram maior iniciativa nos instantes iniciais, com Tiago Morais a centrar atrasado na esquerda para um pontapé desenquadrado de Róbert Bozeník, logo aos quatro minutos.
Os ‘leões’ de Faro foram acertando as marcações, mas raramente ligavam setores, tendo beneficiado de uma ‘oferta’ adversária para se adiantarem por Elves Baldé, que rendeu o capitão Marco Marias em relação ao êxito caseiro ante o lanterna-vermelha Arouca (2-0).
Aos 29 minutos, na sequência de um passe comprido de Talocha na esquerda, Chidozie desentendeu-se com o guarda-redes João Gonçalves, que já tinha saído dos postes para intercetar o esférico, e ‘assistiu’ de cabeça a conclusão do extremo para a baliza deserta.
Esse erro apoquentou o Boavista, que quase sofreu novo revés aos 32 minutos, quando Bruno Duarte desviou por cima um livre lateral batido por Mattheus Oliveira, que, aos 43, isolou em profundidade Baldé para um contra-ataque desperdiçado de forma clamorosa.
O Farense manteve a cadência no regresso dos balneários, com João Gonçalves a deter um ‘disparo’ de longe de Mohamed Belloumi, aos 47 minutos, antes de Petit, que já tinha trocado Gaius Makouta por Luís Santos a caminho do intervalo, ter robustecido o ataque.
Apesar dos parcos desequilíbrios no último terço, os anfitriões recuperaram algum fulgor territorial com a junção de Martim Tavares a Bozeník, dupla que seria determinante para restabelecer a igualdade, já aos 86 minutos, com o eslovaco a desfeitear Ricardo Velho.
O empolgamento ‘axadrezado’ teve rédea curta, uma vez que Fabrício Isidoro aproveitou um alívio incompleto de Chidozie para progredir pelo ‘miolo’, alvejar a baliza de João Gonçalves com um ‘tiro’ rasteiro e dar nova vantagem aos algarvios, aos 90+2 minutos.
A equipa de Petit, que cumpriu o 350.º duelo da carreira como treinador principal, jamais teve soluções para se reorganizar e desequilibrou-se atrás, com Rui Costa a acertar sem oposição no poste, aos 90+5 minutos, e Rafael Barbosa a rubricar o 3-1 final, aos 90+6, num pontapé em arco de longe, sob a esquerda, para êxtase dos pupilos de José Mota.
