Na tarde de sexta-feira, dia em que se assinalaram dois anos de Governo PSD/CDS, cerca de duas centenas de comunistas desfilaram na baixa de Faro exigindo a demissão do Governo, eleições antecipadas e a concretização de “uma política patriótica e de esquerda que responda aos problemas e às aspirações dos trabalhadores e do povo português”.
Na capital da região do país com a mais elevada taxa de desemprego, foi exigido o fim das portagens na Via do Infante, o aumento dos salários e das pensões, a defesa da produção
regional e nacional “rompendo com uma política que, na região, apenas apostou no
turismo e na especulação imobiliária”.
Foi ainda denunciada a situação de “crescente exploração dos trabalhadores algarvios – particularmente na hotelaria e no comércio”, “a perseguição aos mariscadores e viveiristas que ganham o pão na Ria Formosa”, “a destruição de serviços públicos como nos correios e na saúde”, a extinção de várias freguesias, o empobrecimento de milhares de idosos, a ruína de muitos micro e pequenos empresários que são também vítimas da política de direita.
As intervenções estiveram a cargo de Botelho Agulhas, do Comité Central, e de Vasco Cardoso, da Comissão Política e responsável pela DORAL, que recordaram as lutas travadas no Algarve ao longo deste ano, apelando, simultâneamente, a uma ampla e combativa participação na greve geral da próxima quinta-feira, convocada pela CGTP-IN.
“Assinalados que foram estes dois desastrosos e penosos anos de Governo PSD/CDS, ficou claro que, com excepção do grande capital que tem enchido os bolsos à conta desta política, é impensável para o povo português suportar mais dois anos com este governo e com esta política”, afirmaram os responsáveis comunistas.
