Feira Transfronteiriça de Arte Contemporânea realiza-se em Tavira pela primeira vez

A iniciativa inclui artistas de disciplinas como fotografia, pintura, videoarte, mas também poesia

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Um grupo de 14 artistas portugueses e espanhóis vai mostrar trabalhos na 4.ª Feira Transfronteiriça de Arte Contemporânea, que se vai realizar pela primeira vez em Portugal, em Tavira, de 26 a 29 de janeiro, revelou esta sexta-feira a organização.

Criada em 2020 pela fundação espanhola Olontea, a feira teve a sua primeira edição em Gibraleón, e após uma edição ‘online’, em 2021, e uma mista, na mesma cidade, em 2022, vai agora pela primeira vez realiza-se em Tavira, expondo trabalhos de sete artistas espanhóis e sete portugueses, disse o presidente da associação portuguesa que integra a organização.

A iniciativa inclui artistas de disciplinas como fotografia, pintura, videoarte, mas também poesia, com seis autores espanhóis e seis portugueses, que farão apresentações de livros e participarão em colóquios, e música, com a realização de concertos, precisou João Ribeiro, presidente da Associação e Núcleo de Amigos dos Fotógrafos do Algarve (A-NAFA).

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João Ribeiro contou que a iniciativa nasceu quando a fundação Olontea foi até Tavira convidar a A-NAFA para fazer parte da organização de uma feira transfronteiriça e arte contemporânea, convite que foi aceite e deu início ao “trabalho em conjunto para fazer a primeira edição”, que foi em Gibraleón (Espanha).

“A partir daí, as coisas correram muitíssimo bem entre as duas organizações e começámos a fazer as outras edições”, acrescentou, esclarecendo que a segunda edição “era para ser em Tavira, mas por causa da pandemia [de covid-19], as fronteiras estavam fechadas”, e avançou-se para um evento no formato ‘online’, que superou as expectativas da organização.

“Foi, para nós, foi uma enorme surpresa, porque tivemos ao fim dos quatro dias cerca de 6.000 participantes na feira”, contou o presidente da A-NAFA, salientando que, desde então, a organização decidiu “não só fazer a feira presencial, mas também continuar com a aposta de fazer a feira ‘online’, e a terceira edição foi nos formatos ‘online’ e presencial”.

A feira tem contado, segundo este elemento da organização, com “uma grande aceitação do público, dos colecionadores, dos galeristas e das pessoas interessadas arte contemporânea”, e João Ribeiro espera que, “em Tavira, como é o primeiro ano em formato presencial, as coisas sigam o mesmo rumo”.

“Temos mantido sempre as mesmas disciplinas e a mesma forma de fazer as coisas, são sete artistas portugueses, das disciplinas de pintura, fotografia e vídeo arte, e são sete artistas espanhóis, mas depois temos também a disciplina de poesia, em que também temos seis portugueses e seis espanhóis”, realçou.

O presidente da A-NAFA disse que a organização tem tido a preocupação de escolher “o mesmo número de homens e de mulheres” e de apostar em novos artistas, e considerou que a feira é uma oportunidade para tomar “contacto com quem se interessa por arte contemporânea e com galerias”, tanto de Portugal como de Espanha.

“Primámos por não ter artistas conceituados, mas dar oportunidade a artistas emergentes e dar a conhecer às galearias e colecionadores a arte que se faz agora”, assinalou, apontando como um dos pontos altos da feira a exposição “Nunca Fui a Granada”, na sede da A-NAFA, em Tavira, “que é de Frederico Garcia Lorca e Rafael Alberti”.

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