Festival Fusos leva ex-Diabo na Cruz e fusões artísticas a Alte este mês

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A quarta edição do festival Fusos regressa às ruas da aldeia serrana de Alte, Loulé, entre 3 e 6 de junho, com a estreia nacional dos Sal, formados por ex-Diabo na Cruz, fusões artísticas e acesso gratuito.

Depois da suspensão da edição do ano passado devido à pandemia de covid-19, o regresso é feito garantindo as “condições de segurança” com a passagem “de três para quatro dias”, e “diminuindo a programação diária” e com alguns momentos a não acontecerem para “evitar demasiadas concentrações de pessoas na aldeia”, afirmou à Lusa do diretor artístico do festival.

“Nós temos uma série de eventos âncora que aconteciam em todas as edições e que este ano não vão acontecer porque promoviam o contacto e a interação entre o público e artistas”, realçou Carlos Norton.

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As atividades com o Ciência Viva do Algarve, a Fusada – o desfile de enterro do festival – e o Alte e Siga o Baile – oficinas de danças tradicionais – são alguns dos momentos “que não acontecem este ano”, mas mantém-se a esperança que possam “regressar na próxima edição”.

Num festival em que a programação tinha “nove a dez eventos por dia”, este ano teve de passar para “dois ou três”, mas mantendo a filosofia de “fusões artísticas” que norteia o Fusos desde 2017, mesmo com a “redução no número de palcos”, assegurou.

“Um dos ex-líbris do festival era o circuito dentro da aldeia onde o público seguia de palco em palco, mas, para evitar ajuntamentos, cada dia tem um único palco, o que facilita a segurança”, realçou o responsável.

Carlos Norton convidou, no entanto, o público a “ir mais cedo”, para desfrutar as “exposições e circuitos culturais” e “aproveitar a aldeia”.

A fusão da guitarra portuguesa e eletrónica de M-Pex abre a programação, no dia 3, com um concerto no cerro virado para a aldeia – onde está pintada uma bandeira portuguesa gigante – enquanto ‘urban sketchers’ (desenhadores urbanos) ilustram o momento.

À noite, a Fonte Grande acolhe um concerto/teatro da fadista Carla Pires, que apresenta o álbum “Cartografado”, misturando em palco textos ficcionados da autoria do jornalista António Pires.

Sexta-feira à noite, a Fonte Grande é palco para “A Língua no Ouvido”, uma ‘performance’ que funde literatura dita pelo escritor Luis Éne e a música de improviso de Todd Sheldrick, seguida do concerto de estreia da recém-formada banda Sal, que incluí os elementos dos extintos Diabo na Cruz.

Para sábado, 5 junho, estão programados três espetáculos na Fonte Pequena de Alte, com Ana Root e Léo Lobo a “abrirem o dia”, numa fusão de circo, dança, música e teatro na performance “Duobye”. 

Segue-se uma ação comemorativa dos 150 anos do nascimento do poeta altense Cândido Guerreiro, com uma fusão entre alguns dos seus poemas e música de improviso.

Às 19:00, a Igreja Matriz de Alte recebe um concerto de música antiga dos Ensemble Med, no qual se ouvirão camadas sonoras da paisagem natural da aldeia, do projeto ASPA – Arquivo Sonoro Paisagístico do Algarve, “com sons gravados na própria aldeia” e que são servir de “som base para o concerto”, destacou.

O Fusos encerra no domingo, com o habitual concerto no relvado da queda de água do Vigário, este ano da responsabilidade dos Olive Tree Dance, antecedido por “um momento de descontração” com uma fusão entre um sexteto de jazz liderado por Genoveva Faísca e a pintura de Renata Pawelec.

Carlos Norton conclui realçando estarem a trabalhar com as autoridades de saúde para “garantir que tudo corra lindamente” e, mesmo nos concertos no exterior, será “garantida o distanciamento de segurança”, apontou.

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