“O memorando de entendimento que foi acordado entre as autoridades [gregas] e os parceiros europeus é um passo em frente muito importante. Coloca em prática políticas de longo alcance para restaurar a sustentabilidade orçamental, a estabilidade do sector financeiro e o crescimento sustentável”, afirma o comunicado do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado esta quinta-feira, no final da visita que a sua delegação técnica chefiada por Delia Velculescu realizou à Grécia entre 30 de julho e 12 de agosto.
A equipa do FMI participou tecnicamente nas negociações entre os credores oficiais europeus (a troika formada pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Mecanismo Europeu de Estabilidade) e o governo grego, em particular os ministérios das Finanças (agora liderado por Euclid Tsakalotos) e da Economia, para um terceiro resgate a ser apoiado financeiramente, numa primeira fase, pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE).
O FMI vai permanecer “intimamente envolvido”, em termos técnicos, com a troika europeia mas só realizará uma avaliação de uma sua eventual participação financeira (através de um novo programa de apoio financeiro à Grécia) adicional ao empréstimo do MEE, após o primeiro exame trimestral do pacote europeu, que deverá ocorrer no outono. O FMI avaliará, então, os passos dados pelo governo de Atenas na implementação do memorando e as decisões que os credores oficiais europeus tomarem sobre um “alívio de dívida, que permita à dívida grega tornar-se sustentável”. A necessidade de um tal “alívio” na dívida (que é detida em 67,5% por credores oficiais europeus) é um ponto de honra do FMI para este terceiro resgate.
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