França garante “solidariedade sem falhas” a Portugal

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François Fillon, primeiro-ministro francês, diz ser “imperativo continuar a honrar o dever de solidariedade” com os Estados da zona euro em “graves dificuldades”.

Num discurso oficial, hoje, em Paris, para assinalar o Dia da Europa, o primeiro-ministro francês, François Fillon, evocou a crise que atravessa alguns países europeus e disse ser indispensável “uma solidariedade sem falhas no seio da zona euro, nomeadamente em relação aos Estados do sul da Europa”.

Sublinhando a necessidade da unidade dos países da União Europeia, François Fillon alertou para os riscos da divisão que, segundo ele, “representam um perigo mortal para União Europeia”.

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O chefe do Governo francês acrescentou que os países que enfrentam a crise “da dívida e da regulação financeira” podem contar com França. “É imperativo continuar a honrar o nosso dever de solidariedade, com a condição de ele ser acompanhado por reformas orçamentais e económicas profundas nos Estados atingidos”, acrescentou François Fillon.

No discurso, na sua residência oficial, em Paris, perante estudantes de diversos países da União Europeia, François Fillon disse que “as divergências de competitividade” entre os diversos países europeus “quase fizeram explodir o sistema”.

O primeiro-ministro francês responsabilizou a falta de coordenação na União Europeia pela atual crise: “Quisemos uma moeda única e uma política monetária única, mas deixámos os Estados da zona euro gerir a sua dívida e a sua regulação financeira sem verdadeira coordenação das políticas económicas”.

“França é uma síntese da Europa”

Sem o dizer expressamente, François Fillon defendeu um Governo económico para União Europeia. “Teria sido mais ajuizado não ter esperado por estar à beira do precipício para agir”, explicou Fillon, depois de enumerar os mecanismos de ajuda e de controlo recentemente adotadas na União Europeia, segundo ele positivos, para fazer face à crise.

“A França, talvez porque é uma síntese da Europa, porque o Norte e o Sul fazem parte da nossa identidade nacional, esteve sempre atenta a esta questão das diferenças entre o Norte e Sul”, concluiu o primeiro-ministro francês, justificando a posição de Paris sobre a solidariedade com os países em crise.

JA/Rede Expresso
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