Franceses à procura de uma explicação na caixa negra

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A caixa negra onde estão registadas as conversas entre os pilotos e com os controladores aéreos já está em Paris. Apesar de danificada, espera-se que permita reconstituir os momentos que antecederam a queda do Airbus A320 da Germanwings, esta terça-feira nos Alpes franceses. A hipótese de ataque terrorista, ainda que não tenha sido completamente afastada, já foi considerada pelo Governo francês como remota.

Em entrevista à rádio Europe 1, o secretário de Estado dos Transportes francês explica que os investigadores começarão por analisar as “vozes humanas, as conversas” e seguidamente os “sons na cabina de pilotagem”. Alain Vidalies disse que ainda não é possível saber o que terá provocado a queda do aparelho, mas “com os dados já conhecidos a hipótese de um intruso ou de um ataque é remota”.

Enquanto na capital francesa os investigadores esperam encontrar uma explicação para o que terá acontecido entre as 10h30 e as 10h31 desta terça-feira, momento a partir do qual os pilotos deixaram de comunicar com o controlo aéreo, no local da queda já foram retomadas desde o início desta manhã as buscas pela segunda caixa negra do avião onde ficam registados todos os parâmetros de voo.

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As equipas que seguiram de helicópteros para o local de impacto, manhã cedo, trabalharão em condições muito duras: declives rochosos muito acentuados com risco acrescido de deslizamento de terras resultante da chuva e da neve que caiu durante a noite. Será ainda envoltos por um frio intenso que procurarão recuperar os restos mortais das vítimas.

Ao longo do dia são esperados na localidade mais próxima os familiares dos passageiros do voo 4U9525 que aí se encontrarão esta tarde, num ginásio de Seyne-Les-Alpes, com o Presidente francês François Hollande, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy. Com os hotéis lotados, os habitantes locais disponibilizaram as suas casas para acolhê-los.

À espera das famílias estão cerca de 30 psicólogos. Sylvie Lagier, 46 anos, uma das técnicas da célula de urgência médico-psicológica explica que prepararam bebidas e alimentos porque “nestas situações os níveis de adrenalina sobem rapidamente e as é necessário comer e hidratar-se”.

RE

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