Funeral de Pearce de Azevedo é hoje às 15h00

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A missa de corpo presente está marcada para esta quarta-feira, às 15h00, na Igreja do Colégio, de onde o funeral de José Manuel Teixeira Gomes seguirá a partir das 16h00 para o Cemitério Municipal de Portimão.

Em 1977, José Manuel Teixeira Gomes Pearce de Azevedo, foi armado cavaleiro pela Rainha Isabel II com a condecoração Order of the British Empire (OBE), pela forma como exercia desde 1965 o cargo de cônsul honorário do Reino Unido em Portimão, funão que desempenhou até 2000.

Nascido em 1930, faleceu segunda-feira aos 83 anos, no Hospital do Barlavento Algarvio, em Portimão.

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Além da atividade consultar foi o primeiro presidente da Comissão Regional de Turismo do Algarve (1970-1974), e presidente da Junta Autónoma dos Portos do Barlavento (1963-1998).

Filho e neto de homens que exerceram cargos diplomáticos

Neto materno do escritor e político Manuel Teixeira Gomes que foi Presidente da República entre 1923 e 1925, José Manuel Pearce de Azevedo cedo se habituou ao protocolo das andanças consulares, já que tanto o seu pai quanto o seu avô paterno foram também vice-cônsules no Algarve.

Mas as grandes lições diplomáticas poderão vir da memória e da correspondência do avô materno que alguns meses após a implantação da República, a 5 de Outubro de 1910, foi convidado para ser embaixador de Portugal no Reino Unido. Em Abril de 1911, segue para Londres, e apresentou credenciais ao rei Jorge V a 11 de Outubro desse mesmo ano.

Teixeira Gomes tinha então um grande desafio diplomático pela frente porque a família real portuguesa – então no exílio – estava a residir em solo inglês. Homem hábil e de forte formação cultural construiu uma estratégia diplomática que lhe permitiu “grangear a simpatia, amizade e a confiança das autoridades britânicas”, como está dito na sua biografia no site do Museu da Presidência.

Teve um papel relevante nas “negociações anglo-germânicas acerca da divisão das colónias portuguesas e a colaboração prestada aos governos de Portugal, acerca da entrada de Portugal na Grande Guerra, a ser solicitada pelo Estado inglês”, refere a nota biográfica de Teixeira Gomes.

Acabou por ser afastado deste posto pelo Presidente Sidónio Pais e, em 1919, já depois da morte deste, Teixeira Gomes assume a função de embaixador de Portugal em Madrid. Posteriormente foi-lhe devolvido o posto no Reino Unido.

Em 1923 foi eleito Presidente da República. Oito anos depois, com Salazar na chefia do Governo, partiu para o exílio na Argélia. Fixou-se em Bougie – por ser junto ao mar – onde morreu em 1941.

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