Gonçalo Ramos comandou melhor ataque da qualificação do Euro sub-21

O avançado Gonçalo Ramos, que foi campeão nacional pelo Benfica em 2022/23, cotou-se como o melhor marcador

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A seleção portuguesa de futebol de sub-21 cotou-se como a mais concretizadora entre os 53 participantes na fase de qualificação para o Europeu 2023 da categoria, com 43 golos, 12 dos quais pelo ‘artilheiro’ absoluto Gonçalo Ramos, natural de Olhão.

Vice-campeã em título, a formação orientada por Rui Jorge dominou sem sobressaltos o Grupo 4, ao finalizar na primeira posição, com 28 pontos em 30 possíveis, resultantes de nove vitórias – cinco das quais por uma diferença igual ou superior a quatro golos – e um empate (1-1 na receção à Islândia), para um total de 43 golos marcados e três sofridos.

A Islândia foi vice-líder, com 18 pontos, vacilando, depois, no play-off diante da República Checa, seguida de Grécia, terceira, com 17, Bielorrússia, quarta, com 12, Chipre, quinto, com 11, e Liechtenstein, último, sem pontos e com um saldo negativo de 0-63 em tentos.

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Portugal teve o ataque mais eficaz e a segunda defesa menos batida do apuramento, em igualdade com os Países Baixos e apenas atrás da Bélgica (dois golos sofridos em oito jogos), dois dos seus adversários na fase final do Euro2023, a par da coanfitriã Geórgia.

No plano individual, o avançado Gonçalo Ramos, que foi campeão nacional pelo Benfica em 2022/23, cotou-se como o melhor marcador, ao anotar 12 golos, deixando para trás nove jogadores de oito seleções distintas, incluindo o luso Fábio Vieira, todos com sete.

Esses dois jogadores já tinham sido chamados à fase final da edição de 2021, tal como João Mário, Tomás Tavares, Tiago Djaló, Vitinha, Francisco Conceição ou Tiago Tomás, que voltaram a merecer a confiança de Rui Jorge na transição para o ciclo subsequente.

Um penálti de Fábio Vieira bastou para resolver a receção inaugural à Bielorrússia (1-0), em setembro de 2021, na Amadora, receita repetida pelo médio dos ingleses do Arsenal um mês depois, durante a goleada expressiva ao frágil Liechtenstein (11-0), em Vizela.

Nuno Tavares, André Almeida, Gonçalo Ramos, com direito a ‘póquer’, Fábio Silva, autor de um ‘bis’, Tiago Tomás e Francisco Conceição fecharam o resultado mais desnivelado da história da seleção nacional de sub-21, que ao intervalo já triunfava por notórios 9-0.

Fábio Vieira voltou a ser determinante frente à Islândia (1-0), em Reiquiavique, deixando Portugal definitivamente isolado no topo do Grupo 4, da mesma como Gonçalo Ramos decidiu em Larnaca face ao Chipre (1-0), diante do qual brilharia no reencontro, em Faro.

O avançado contribuiu com três golos para a goleada aos cipriotas (6-0), complementada por Gonçalo Inácio, Fábio Vieira e Henrique Araújo, voltando a ‘faturar’ no empate com a Islândia (1-1), que até se colocou em vantagem por Brynjólfur Willumsson, em Portimão.

A equipa das ‘quinas’ voltou à normalidade em Tripoli, ao beneficiar dos tentos de Fábio Carvalho, Fábio Vieira, de penálti, Fábio Silva e Henrique Araújo para ganhar à Grécia (4-0), finalista vencida da competição em 1988 e 1998 e adversária mais cotada da ‘poule’.

Seguiu-se nova vitória dilatada perante a Bielorrússia (5-1), numa partida com contornos singulares, porque foi transferido para Yerevan, capital da Arménia, e decorreu à porta fechada, face às sanções impostas a Minsk pelo apoio à Rússia na invasão da Ucrânia.

Fábio Vieira, com dois golos, um deles de penálti, Gonçalo Ramos, o estreante David da Costa e Vitinha construíram a vitória dos pupilos de Rui Jorge, que viram Ilya Vasilevich reduzir, dias antes de a derrota da Grécia no Chipre (0-3) garantir a nona fase final lusa.

Com duas rondas pela frente, Portugal viajou em ritmo de ‘passeio’ até ao Principado do Liechtenstein, onde marcou por Fábio Silva (três vezes), Paulo Bernardo, Vitinha (duas), Fábio Carvalho, Henrique Araújo e Gonçalo Ramos e quase se acercou da dezena (9-0).

O trajeto de nove meses terminou de forma triunfal em junho de 2022, em Barcelos, com Paulo Bernardo e Gonçalo Ramos a ditarem o êxito sobre a Grécia (2-1), amenizado por Georgios Koutsias, no 100.º jogo oficial de Rui Jorge como selecionador de ‘esperanças’.

Dos 35 atletas utilizados por Portugal, o ponta de lança do Benfica foi o único a competir em todas as partidas, sendo que nunca mais voltou a atuar pelos sub-21 desde então e passou a ser presença frequente na seleção principal, que representou no Mundial2022.

Quem também subiu de patamar foram os defesas centrais Tiago Djaló (Lille), que nunca se chegou a estrear pelos ‘AA’, e Gonçalo Inácio (Sporting), atualmente convocado, a par do médio Vitinha (Paris Saint-Germain), um dos ‘eleitos’ para a prova realizada no Qatar.

O guarda-redes Celton Biai (Vitória de Guimarães) ainda participou nos primeiros treinos sob orientação do novo selecionador principal, o espanhol Roberto Martínez. mas voltou depressa à equipa de Rui Jorge, que o chamou para a fase final do Europeu de sub-21.

Portugal está integrado no Grupo A da 24.ª edição da competição bienal, que decorrerá entre quarta-feira e 08 de julho, na Geórgia e na Roménia, defrontando os georgianos no dia inaugural, os Países Baixos (24 de junho) e a Bélgica (27), sempre na capital Tbilisi.

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