Greve ao trabalho extraordinário dos motoristas da EVA “não teve qualquer impacto”

Os trabalhadores das duas empresas exigem um aumento extraordinário de 100 euros no salário base

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A adesão à greve ao trabalho extraordinário dos trabalhadores das empresas de transporte rodoviário EVA Transportes e Vizur, que operam no Algarve, “não teve qualquer impacto”, rondando os 08%, avançou na terça-feira fonte sindical.

“A greve ao trabalho extraordinário não teve qualquer impacto. Atingimos, quanto muito, os 07% ou 08%. Nós já sabíamos que não ia ter qualquer impacto”, realçou o coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), afeto à Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).

Paulo Afonso explicou que o trabalho extraordinário “é aquilo que faz com que os trabalhadores levem mais dinheiro para casa”, porque se um trabalhador for trabalhar no dia de folga “leva para casa à volta de 100 euros”.

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“Os trabalhadores da EVA [Transportes] têm um salário [base] de 811 euros. Ora, se não fizerem trabalho extraordinário, muitos se calhar nem conseguem pagar a renda da casa. O trabalho extraordinário dá-lhes muito jeito”, explicou o dirigente sindical.

Face a este cenário “já esperado”, o coordenador regional do STRUP/Fectrans lamentou os baixos números de adesão à greve nas duas empresas do grupo Barraqueiro, mas sublinhou compreender a posição dos trabalhadores.

“Tínhamos a certeza de que [a greve] não ia causar qualquer dano à empresa. O sindicato lamenta pela luta dos trabalhadores, mas compreende, porque os trabalhadores deste setor sempre viveram à conta do trabalho extraordinário”, salientou Paulo Afonso.

No passado dia 1 de agosto, o STRUP já tinha convocado uma greve de 24 horas, que teve “uma adesão de 84%”, lembrou o dirigente.

Segundo Paulo Afonso, a administração do grupo Barraqueiro continua “cega, surda e muda” às reivindicações dos trabalhadores e “prefere perder alguns milhares de euros durante um dia de paralisação do que negociar com os trabalhadores”.

Os trabalhadores das duas empresas exigem “um aumento extraordinário de 100 euros no salário base de todos os trabalhadores e o pagamento do subsídio de férias de acordo com a lei”.

O dirigente do STRUP disse que os trabalhadores da EVA Transportes e da Vizur vão voltar aos plenários, entre 14 e 19 de agosto, para decidirem a possibilidade de convocar mais dias de greve.

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