François Hollande é o único chefe de Estado ocidental que deseja atacar o regime de Damasco sem autorização do Parlamento.
O Presidente de França François Hollande enfrenta grandes dificuldades para convencer os franceses da necessidade de atacar o regime de Damasco.
Isolado depois do voto negativo na Grã-Bretanha e da decisão do presidente americano, Barack Obama de consultar o Congresso, o socialista François Hollande é atacado em França pela oposição e também pelos seus aliados ecologistas, que pedem a organização de um debate, com voto, na Assembleia Nacional.
Com a população muito reticente – 64 por cento dos franceses são contra a intervenção militar, segundo uma sondagem – a Presidência refugia-se na Constituição da Quinta República, que dá poderes absolutos ao chefe de Estado neste tipo de decisões sobre declarações de guerra a países estrangeiros.
Postura “monárquica”
A semana anuncia-se difícil para Hollande, que está completamente dependente do voto americano previsto para depois do dia nove.
Para tentar atenuar as contrariedades, o primeiro-ministro, Jean-Marc Ayrault, recebe hoje os principais responsáveis parlamentares, aos quais, diz-se, vai apresentar “provas” dos alegados ataques químicos cometidos pelo regime de Damasco.
De momento, apenas está previsto, no Parlamento, na próxima quarta-feira, um debate – sem votação – sobre a Síria, mas François Hollande encontra-se isolado na sua postura que alguns chamam “monárquica”. Com efeito, ele é o único chefe de Estado que deseja atacar o regime de Damasco sem autorização prévia do Parlamento.
Joao Fernandes Do Brito liked this on Facebook.