“Vinte e seis empresas passaram a mãos do Estado em 34 dias”, diz na capa de hoje o El Nacional.
O diário avança ainda que, “desde 2002, foram estatizadas 266 empresas, fábricas e fazendas agro-pecuárias”, porque o Governo considera que se dedicam a actividades estratégicas
Segundo Isabel Pereira, da Cedice, uma organização que luta pelo direito à propriedade privada, os números hoje divulgados são meras aproximações, porque os ex-proprietários temem que os seus nomes sejam divulgados.
“Muitos dos afectados temem que, se aparecerem os seus nomes, não lhes processarão o pagamento, no entanto temos visto que o Estado só paga às grandes multinacionais, mas não aos venezuelanos”, explica a subdirectora da Cedice ao El Nacional.
Segundo aquela responsável, desde 2009 as palavras “socialista” e “propriedade social” passaram a fazer parte do vocabulário quotidiano do Governo venezuelano e “fala-se de socialismo marxista e de um modelo centralizado de planeamento”.
Nesse mesmo ano e de uma só vez 75 empresas que prestavam serviços à indústria petrolífera na Costa Oriental do Lago de Maracaibo foram adquiridas por Petróleos da Venezuela S.A. e 24 empresas agro-pecuárias foram “tomadas” para pôr em marcha a reconversão de cultivos.
Em 2010 foram expropriadas 79 empresas dos sectores alimentos, comércio, petroquímico e construção.
JA/AL