Investigadores concluem que habitantes dos polos têm olhos e cérebros maiores

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Investigação da Universidade de Oxford demonstra uma forte correlação entre a região onde se vive e a dimensão do cérebro e dos olhos. No Equador são mais pequenos do que nos polos.

As pessoas que vivem em latitudes mais altas têm os olhos maiores e os seus cérebros processam mais rapidamente a informação visual, quando comparadas com aquelas que vivem mais perto do Equador.

De acordo com um estudo do Instituto de Antropologia Cognitiva e Evolucionista da Universidade de Oxford , à medida que nos afastamos do Equador a luminosidade decresce, aumentando as dimensões dos olhos dos humanos.

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“Os seus cérebros também precisam de ser maiores para lidar com os estímulos visuais. Isso não significa que a estas latitudes as pessoas sejam mais inteligentes, quer apenas dizer que estas pessoas precisam de cérebros maiores para conseguirem ver melhor”, explicou ao “The Guardian” Eiluned Pearce , uma das autoras do estudo.

Dito de outra forma: um habitante da Gronelândia e um do Quénia têm a mesma habilidade para discernir detalhes, mas o que vive mais a norte precisa de um cérebro e olhos maiores para lidar com a menor intensidade luminosa.

Dez mil anos de evolução

O professor Robin Dunbar , co-autor do estudo, contou ao “The Guardian” que as pessoas cujos antepassados habitaram no círculo Ártico têm os olhos 20% maiores do que aqueles que vivem perto do Equador. Segundo este investigador, ficou demonstrada uma forte correlação entre a dimensão do córtex visual e a dimensão da cavidade ocular.

No âmbito deste estudo, os investigadores fizeram medições em 55 cérebros do Museu de História Natural da Universidade de Oxford , datados do século XIX, oriundos de 12 populações de regiões diversas da Inglaterra à Austrália, da Escandinávia à Micronésia.

Os resultados, publicados ontem no jornal científico “Biology Letters “, mostram que os escandinavos têm os maiores cérebros (1484 mililitros) e os habitantes da Micronésia os mais pequenos (1200 mililitros). As cavidades oculares dos escandinavos mediam 27 mililitros e os da Micronésia 22 mililitros.

Segundo o professor Dunbar, esta evolução terá decorrido ao longo dos últimos dez mil anos, altura a partir da qual os humanos começaram a habitar a latitudes mais altas.

JA/Rede Expresso
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