Investimento direto estrangeiro aumentou 6,24% em 2023

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O ‘stock’ de investimento direto estrangeiro em Portugal foi de 180.411 milhões de euros em 2023, mais 6,24% que em 2022, tendo Lisboa recebido mais de metade, segundo dados do Banco de Portugal (BdP) divulgados recentemente.

As estatísticas de investimento direto estrangeiro em Portugal (IDE) por região analisam os montantes deste investimento por região portuguesa beneficiária, considerando a localização geográfica das unidades recetoras, explica o banco central.

Uma das metodologias utilizadas pelo BdP tem a denominação estabelecimentos e considera “não só a região onde a contraparte do investimento direto está localizada (…), mas também as regiões das participadas diretas da contraparte imediata que se enquadram no perímetro do investimento direto e as regiões dos respetivos estabelecimentos dessas entidades”.

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Esta abordagem permite, de acordo com o BdP, “uma distribuição nos locais onde, efetivamente, se situa a atividade económica das empresas”.

Recorrendo a esta metodologia, o Banco de Portugal regista que a região de Lisboa era destino de um ‘stock’ de investimento de 99.614 milhões de euros, o equivalente a 55,2% do total.

Em segundo lugar, a região do Norte contabilizava um investimento direto estrangeiro de 16,5%, com 29.848 milhões de euros.

Em terceiro lugar, mas já abaixo dos 10%, com 17.807 milhões de euros, o Algarve recebeu 9,9% do IDE total em Portugal.

Centro (11.259 milhões de euros e 6,2%), Madeira (8.645 milhões de euros e 4,8%) e Alentejo (6.174 milhões de euros e 3,4%) também foram algumas das regiões preferidas do investimento direto estrangeiro.

Já Setúbal, Oeste e Vale do Tejo e Açores foram as regiões portuguesas com menor ‘stock’ de IDE em 2023, totalizando, respetivamente, 3.925 milhões de euros, 2.614 milhões de euros e 524 milhões de euros.

Em 2023, o IDE em todas as regiões portuguesas aumentou, destacando-se as variações homólogas de Alentejo (12%), Setúbal (11,9%) e Algarve (11,3%).

Em sentido inverso, Madeira (0,7%), Centro (1,8%) e Norte (3,3%) tiveram as menores oscilações.

O IDE nos Açores, Oeste e Vale do Tejo e Lisboa subiu, respetivamente, 9,4%, 8,0% e 6,7%.

A Europa foi o continente que originou a maior parte do IDE em Portugal em 2023, sendo responsável por 156.284, no equivalente a 86,6% do total, seguindo-se Ásia (6,2%, 11.098 milhões de euros), América (5,2%, 9.365 milhões de euros), África (1,9%, 3.468 milhões de euros) e Oceânia (0,1%, 91 milhões de euros).

África foi o continente com maior crescimento homólogo (21,9%), seguindo-se a Ásia (12,1%), enquanto a Oceânia foi o único bloco com diminuição do seu IDE em Portugal em 2023, ao recuar 15,4%.

A área do Euro foi responsável por 73,9% do ‘stock’ de investimento direto estrangeiro em Portugal, enquanto a União Europeia representou 76,3%.

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