João Galamba apresentou o pedido de demissão do cargo de ministro das Infraestruturas, por considerar que é a única decisão possível para assegurar à família a tranquilidade e discrição a que têm direito.
O governante demissionário esclareceu que a decisão deriva de uma “profunda reflexão pessoal e familiar (…), apesar de entender que não estavam esgotadas as condições políticas” para o exercício da função.
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Como se sabe, a qualidade de ministro confere aos membros do Governo a imunidade de que, entre outras prerrogativas, não poderão ser presos.
Face à situação de prisão que ocorreu, na fase inicial, a alguns dos cinco visados do “Processo Influencer”, há quem alvitre que João Galamba sempre negou demitir-se, receando caber-lhe também, por sorte, passar a ver o espaço exterior, através de grades, tendo apenas apresentado o seu pedido de demissão, depois de ter conhecido que as medidas de coação que couberam aos detidos não implicam prisão.
Também há quem alvitre que Galamba antecipou o seu pedido de demissão para hoje, segunda-feira, antes da reunião prevista para amanhã, terça-feira, entre Costa e Marcelo – reunião “ad hoc” para tratar, especificamente, do destino a dar ao até agora ministro das Infraestruturas –, adivinhando, certamente sem se enganar, que a sua sorte ficaria “selada”, em definitivo, nessa reunião.
De uma maneira ou de outra, a demissão deste simulacro de ministro peca por muito tardia, devido ao rasto de lamentáveis peripécias que deixa atrás de si, muito pouco dignas das funções de que estava revestido, as quais manchou, de um modo espúrio e muito pouco edificante.
Esta foi mais uma das “excelentes” escolhas de que se rodeou o dr. Costa –
com algumas honrosas excepções – e de que, pouco a pouco, ao longo do tempo, fomos conhecendo a dedicação à causa pública, mas não só …