Julgamento de Breivik começa a 16 de abril

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Avaliação psíquica do norueguês Anders Breivik, que em 2011 matou 77 pessoas na ilha de Utoya, vai ser concluída antes do prazo.

A segunda avaliação do estado psiquíco de Anders Breivik vai estar concluída já esta quarta-feira, ou seja, uma semana antes do que estava previsto. Segundo um dos psicólogos designados para o exame pelo Tribunal de Oslo, uma semana a mais não iria alterar os resultados.

O julgamento do “monstro” norueguês começa a 16 de abril. Breivik, que disparou indiscriminadamente durante 75 minutos na ilha de Utoya antes de ser detido, vai responder por terrorismo e homicídio premeditado de 77 pessoas.

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Anders Breivik, 33 anos, encontra-se numa prisão de máxima segurança em Ila, nas proximidades de Oslo. Poderá ser condenado à prisão perpétua ou ser internado num hospital psiquiátrico.

Polícia admite falhas

Na passada quinta-feira, a polícia norueguesa apresentou um pedido de desculpas por ter demorado a prender Anders Breivik, reconhecendo que muitas mortes poderiam ter sido evitadas.

“Em nome da polícia da Noruega, quero apresentar as minhas desculpas. É muito duro saber que tantas vidas poderiam ter sido salvas se o assassino tivesse sido preso mais cedo”, afirmou em conferência de imprensa Osystein Maeland, chefe da Polícia Nacional, apresentando um relatório que aponta para 54 falhas na operação policial que culminou com a prisão de Breivik.

“Poderíamos ter chegado a Utoya mais rápido? A resposta é sim. Se o barco (bote inflável) da polícia não estivesse sobrecarregado não se teria rompido”, disse Maeland, enfatizando, porém, que “a polícia cumpriu com a sua missão tão rápido quanto possível, considerando as circunstâncias”.

Entre os erros apontados no documento está a falta de comunicação e de competências, a carência de efetivos e a desorganização na assistência às vítimas e nas linhas telefónicas para o fornecimento de informações.

No dia 22 de julho vai fazer um ano que Anders Breivik detonou uma bomba junto à sede do Governo noruguês e depois, disfarçado de polícia, abriu fogo durante mais de uma hora contra centenas de jovens reunidos num parque de campismo na ilha de Utoya.

Maria Luiza Rolim (Rede Expresso)
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