Kony raptou 600 crianças desde 2009

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As Nações Unidas divulgaram um relatório com novos dados sobre o grupo do senhor da guerra do Uganda, cuja atos foram recentemente denunciados no curto documentário que se tornou viral no YouTube.

Entre julho de 2009 e fevereiro de 2012, o grupo de Joseph Kony raptou pelo menos 591 crianças, 268 raparigas e 323 rapazes, na República Democrática do Congo, no Sudão do Sul e na República Central Africana, segundo um relatório divulgado pelas Nações Unidas.

Rapazes foram obrigados a tomar “poções mágicas” e usados como guerrilheiros, escudos humanos ou espiões. E as raparigas transformadas em escravas sexuais, algumas obrigadas a casar com guerrilheiros.

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Ontem, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apresentou perante o Conselho de Segurança da organização o seu primeiro relatório sobre o grupo do senhor da guerra do Uganda, que ganhou recentemente destaque mundial com o pequeno documentário Kony 2012, do grupo Invisible Children, que se tornou viral no YouTube, onde em escassos dias foi visto por milhões de pessoas.

Ao longo de quase três décadas, Kony tem conseguido escapar à captura, sendo responsável pelo rapto de milhares de crianças e pela perseguição de populações locais.

Kony na República Central Africana

Nove anos depois de terem surgido pela primeira vez nos relatórios da ONU relatos sobre menores abusados e crianças-soldados, o seu grupo continua levar a cabo o mesmo tipo de atuação, embora o número de crianças que foram vítimas de Kony pareça ter diminuído em 2010 e 2011, comparativamente com os anos anteriores.

Em 2011, a ONU destacou 100 funcionários para auxiliar os soldados do Uganda na perseguição de Kony e os seus principais comandantes, um dos quais (Caesar Acellam Otto) foi capturado no mês passado na República da África Central.

Um relatório da Humans Rights Watch deu conta de ataques, desde o princípio de 2012 na República Central Africana, do grupo de Kony, que permanece “uma grave ameaça às populações civis”.

A República Democrática do Congo, o Sudão do Sul e a República Central Africana estão prestes a juntar-se numa coligação no âmbito da União Africana, para capturar e levar Kony ao tribunal internacional que emitiu um mandado para a sua prisão.

As Nações Unidas referem que os esforços internacionais para a sua captura parecem estar a deixar o senhor da guerra mais nervoso, obrigando-o a não permanecer mais do que alguns dias na mesma localização.

Alexandre Costa (Rede Expresso)
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