Lagos: 30 anos a transformar doces artesanais em obras de arte

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Doce vencedor do tema obrigatório em 2016

O ano de 1987 marcou o arranque da Feira Concurso Arte Doce em Lagos. Desde então, a cidade transforma-se todos os anos na “capital artística da doçaria algarvia”. A 30ª edição decorre entre os próximos dias 28 e 30 de julho, no complexo desportivo de Lagos, com entrada gratuita. Além dos doces – para comer até com os olhos –, o evento conta com as atuações de Ana Moura, Dengaz e Ala dos Namorados

Há trinta anos que a Feira Concurso Arte Doce adoça o verão algarvio. A 30ª edição está marcada para os próximos dias 28, 29 e 30 de julho, no complexo desportivo de Lagos, com entrada gratuita.

Aos doces artesanais juntam-se os produtos regionais, o artesanato e a animação musical, que nesta edição vai contar com os espetáculos de Ana Moura (dia 28), Dengaz (29) e Ala dos Namorados (30).

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A organização, a cargo da autarquia local, destaca que “este foi o primeiro certame com estas características a realizar-se na região”, tendo como objetivo “contribuir para a valorização e revitalização desta arte tradicional”. E é por isso que, desde 1987, “Lagos transforma-se todos os anos na capital artística da doçaria algarvia”.

Neste certame pioneiro – que todos os anos tem um tema central que dá o mote aos trabalhos a apresentar pelos concorrentes (em 2017 é “Flores e Plantas do Algarve”) – os melhores e mais criativos doces ganham troféus e cheques em várias categorias. O mais valioso é o “grande prémio”, que atinge os 400 euros.

Esta feira apresenta, assim, uma vertente competitiva em torno de um tema adotado em cada edição, que pretende ser “um desafio à criatividade, à sensibilidade artística e à qualidade e genuinidade do fabrico dos produtos em exposição e comercialização”, salienta a organização.

A arte e o design na doçaria tradicional

Neste concurso de arte doce – que apela não só ao gosto, mas também à criatividade e sentido estético das doceiras de todo o país –, o júri vai avaliar as características do doce tradicional, que neste certame tem uma componente visual muito forte e atrativa.

“O objetivo do concurso é promover a arte e o design na doçaria, fomentando a apresentação de criações próprias e originais, tendo em conta a temática adotada nesta edição e outras fontes de inspiração de caráter livre”, sublinha a Câmara de Lagos, que vê neste evento uma boa forma de “contribuir para a divulgação de saberes, para a preservação e revitalização de práticas e costumes, para a dinamização da economia local, para a afirmação da identidade cultural e para a valorização da oferta de animação turística”.

Na feira deste ano, cada concorrente poderá participar com dois doces, sendo um de tema livre e outro obrigatório (“Flores e Plantas do Algarve”).

Os doces admitidos no concurso Arte Doce deverão pesar entre um e cinco quilos e não devem exceder os 40 centímetros. Obviamente, estas “obras de arte” destinam-se a consumo, mas não serão vendidas ao público. Em vez disso, os doces ficarão em exposição até ao último dia do certame (30 de julho).

Revitalizar a doçaria tradicional regional

O júri do concurso será composto por cinco membros nomeados pela Câmara de Lagos, que não terá acesso à identificação dos participantes durante a avaliação dos trabalhos.

Segundo o regulamento do concurso, os critérios para definir os vencedores deste ano são “a criatividade, a originalidade, o enquadramento no tema definido e a utilização dos produtos tradicionais (massa de amêndoa e/ou figo)”.

Paralelamente ao concurso Arte Doce, a feira conta ainda com o concurso Qualidade na Tradição, que pretende “avaliar e premiar o rigor na confeção do doce e a qualidade dos seus ingredientes, tendo como objetivo promover a autenticidade, a preservação e a revitalização da doçaria tradicional regional”.

Assim, cada concorrente poderá participar em quatro modalidades: Doce Fino, D. Rodrigo, Morgado e Doce de Figo.

Os prémios dos dois concursos serão entregues na presença dos concorrentes, no dia 30 de julho (domingo), pelas 18h30.

(NOTÍCIA PUBLICADA NA ÍNTEGRA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – NAS BANCAS A PARTIR DE 20 DE JULHO)

Nuno Couto | Jornal do Algarve

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