Lagos quer facilitar acesso das famílias à habitação

ouvir notícia

.

O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e a Câmara de Lagos assinaram, no passado dia 25 de maio, um protocolo de cooperação no âmbito do programa “Reabilitar para Arrendar – Habitação Acessível”, que visa regenerar os centros urbanos, contribuir para a sua dinamização e valorização económica e facilitar o acesso das famílias à habitação.

O novo programa “Reabilitar para Arrendar – Habitação Acessível” tem por objetivo o financiamento de operações de reabilitação de edifícios com idade igual ou superior a 30 anos, que, após a reabilitação, se destinem predominantemente a fim habitacional, “devendo as frações habitacionais destinar-se a arrendamento em regime de renda condicionada”.

“Neste contexto, e estando a Câmara de Lagos fortemente empenhada em promover a reabilitação urbana do centro histórico, bem como dos imóveis antigos que estejam degradados, apoiando os proprietários nos processos de licenciamento dos imóveis a reabilitar, foi decidido avançar com este protocolo, que vigorará durante três anos”, adianta a autarquia liderada pela socialista Maria Joaquina Matos, frisando que esta decisão teve como base vários pressupostos, nomeadamente o facto de “a reabilitação das áreas urbanas antigas, em especial os centros históricos, ser um desígnio nacional e o facto da aposta do setor da reabilitação urbana, a par de outras iniciativas, contribuir indubitavelmente para a criação de emprego e a dinamização do mercado do arrendamento”.

- Publicidade -

“Há cada vez mais jovens à procura de casa para arrendar”

Assim, caso os proprietários do concelho queiram aderir a este programa, a presidente da Câmara de Lagos deixa a certeza de que a autarquia “irá prestar auxílio em tudo o que for possível e passará, a partir de agora, a divulgar este programa”.

De acordo com Victor Reis, presidente do IHRU, este programa surgiu para tentar dar resposta a várias situações, que com o passar dos anos se têm vindo a observar, nomeadamente “o facto de ter duplicado o número de alojamentos familiares clássicos, o facto de termos seis milhões de casas para quatro milhões de famílias, o facto do arrendamento ter caído, uma vez que quase 80% das famílias vivem em casa própria, o facto de quase 90% das casas terem tipologias maiores (T3, T4 e T5), sendo que nos últimos anos a procura é mais acentuada para tipologias mais pequenas, ou ainda o facto de sermos, na Europa, o país que mais fogos devolutos tem”.

Para o responsável do IHRU, “é necessário refletir sobre todos estes dados e repensar a política de habitação, uma vez que os paradigmas referentes a esta temática têm vindo a mudar nos últimos anos”.

Segundo Victor Reis, “há cada vez mais jovens à procura de casa para arrendar e com tipologias mais pequenas do que aquelas que o mercado tem para oferecer, a preços considerados acessíveis”. Foi neste sentido que foi lançado o programa “Reabilitar para Arrendar – Habitação Acessível”, uma vez que um dos critérios do mesmo é a obrigatoriedade de uma renda condicionada, “acessível à maior parte da população do país e tendo em conta o nosso nível de vida”.

JA

- Publicidade -
spot_imgspot_img

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.