Lídia Jorge recebe ‘Medalha da Liberdade Livre’ da Câmara de Faro

A escritora foi escolhida por unanimidade para a primeira atribuição deste galardão

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A Câmara de Faro vai atribuir à escritora Lídia Jorge a Medalha da Liberdade Livre, distinção “de mérito e honorífica”, na sessão solene de comemoração dos 50 anos do 25 de abril, que se realizará, nesse dia, pelas 14h30, no Teatro Lethes.

A Assembleia Municipal de Faro decidiu, por unanimidade, escolher a escritora algarvia Lídia Jorge, como primeira personalidade a receber este título de mérito honorífico.

O município de Faro revela que esta distinção foi criada para escolher uma “personalidade cujos actos e modos de vida tenham sido valorosos para a implementação, na sequência da Revolução de Abril, da democracia e dos valores da igualdade, liberdade, justiça e estado social”.

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O nome escolhido para a medalha, pretende homenagear o poeta farense António Ramos Rosa e a sua obra homónima “Poesia, Liberdade Livre”, tendo sido o desenho da medalha assinado pelo distinto médico e artista plástico, também farense, Dr. Vicente de Brito, informa o município, em comunicado.

A Assembleia Municipal de Faro homenageia, com esta medalha, “uma mulher, algarvia, portuguesa, mas acima de tudo, do mundo, com a garra dos valores de Abril. O seu contributo e legado para a democracia, para a igualdade e liberdade será, de forma singela perante a enormidade do seu carácter, frisado e ficará cunhado também na história de Faro”, enfatiza a autarquia.

Sobre a personalidade distinguida

Lídia Guerreiro Jorge, nasceu em Loulé, Boliqueime, a 18 de Junho de 1946.

Licenciou-se em Filologia Românica, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo sido professora do ensino secundário em Portugal e em Angola e Moçambique, durante os últimos anos da guerra colonial, começa a publicar em 1980.

Foi membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social, integrou o Conselho Geral da Universidade do Algarve e, actualmente, é membro do Conselho de Estado (2021-2026), designada pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.

Destaca-se, também, o seu reconhecimento pela academia, com cátedras na Universidade de Genebra, na Universidade de Massachussets Amherst e na Universidade Federal de Goiás, e salientamos o reconhecimento da Universidade do Algarve que lhe atribuiu, em 2015, o Doutoramento Honoris Causa.
Com uma personalidade e espírito inigualável, foi condecorada com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal (9 de Março de 2005), condecorada como Dama da Ordem das Artes e das Letras de França (13 de Abril de 2005) e elevada a Oficial da Ordem das Artes e das Letras de França (14 de Julho de 2015).

O reconhecimento da sua obra tem reflexo nacional e internacional, sendo premiada com inúmeros prémios literários desde 1981, com especial ênfase para o Prémio Médicis para melhor livro estrangeiro, com o seu livro Misericórdia (2023), tratando-se da primeira obra em língua portuguesa a receber esta distinção.

O seu percurso literário colocou-a, em 2013 pela revista francesa Magazine Littéraire, como uma das 10 vozes mais importantes da literatura estrangeira, ao lado de vultos literários internacionais como Zadie Smith, Richard Powers, Mo-Yan (Nobel), Alice

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