Loulé: Programação cultural para novembro traz concertos, teatro e festivais

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Novembro é mês forte de teatro em Loulé, com duas peças em estreia que incidem sobre a região, comunicou a autarquia louletana. Mas a programação cultural deste mês não se fica pelo teatro.

Logo a 4 de novembro o Teatro Meridional busca novas latitudes a Sul, num exercício de procura num território à beira-mar plantado, passando pelas evocações das gentes do mar, os bailes mandados, os corridinhos, as festas das Tochas Floridas, da Mãe Soberana… O espetáculo “Al_Gharb” é uma estreia, às 21h00, em coprodução entre o Cineteatro Louletano e o Teatro das Figuras.

No dia 5 há fado com os Al Mouraria, grupo histórico do concelho de Loulé, liderado pelo guitarrista Valentim Filipe. O concerto, às 17h00, assinala os 20 anos da formação que celebra de forma exímia o Fado, seja ele na forma mais tradicional, ou numa “onda” mais moderna.

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Dias 7 e 8, a companhia Formiga Atómica traz ao Cineteatro Louletano quatro sessões para escolas, às 10h30 e às 14h30, com a peça “O Estado do Mundo (quando acordas)”.

No dia 9, às 21h00, o bar do Cineteatro Louletano acolhe mais uma edição do “Conversas à Quinta”, desta vez com Aida Tavares, ex-diretora artística e diretora executiva do Teatro São Luiz, em Lisboa. A Loulé trará o relato, na primeira pessoa, da sua experiência de 20 anos num dos teatros mais relevantes do país, propondo-se analisar a situação particular dos casos dos teatros municipais.

No dia 10 de novembro, às 21h00, nova estreia. Trata-se de “Quando a Sul / O azul / Luar”, um trabalho coletivo que envolve numa só criação múltiplas estruturas artísticas da região do Algarve ligadas ao teatro (ACTA– A Companhia de Teatro do Algarve, A Fera Teatro, Ar Quente, Artis XXI, Sin-Cera Teatro, Te.Atrito, TEL- Teatro Experimental de Lagos e Casa da Cultura de Loulé). O trabalho é dirigido e encenado por Nuno Pino Custódio, em cocriação com o Colecta’23. Esta é a primeira criação do ColecTA’23 – Coletivo Teatral do Algarve – um projeto inovador de criação e capacitação de âmbito regional, concebido pela Mákina de Cena, juntando várias atrizes, atores e estruturas artísticas com a mesma vontade: construir um caminho conjunto e criar outras possibilidades para o exercício do teatro no Algarve. A peça é uma coprodução entre o Cineteatro Louletano, Auditório Carlos do Carmo de Lagoa, Centro Cultural de Lagos e Teatro das Figuras, em Faro.

No dia 12 chega mais música com um concerto duplo de alto nível, puxando para o Algarve uma extensão do ‘Misty Fest’. Diretamente do Brasil, chegam a Loulé a cantora e compositora Anna Setton e o também compositor e pianista Salomão Soares.

A 13, arranca na Escola Profissional de Alte o “Caderno Diário”, um projeto do LAMA Teatro onde serão explorados os desabafos, as histórias de amor, os segredos, os jogos do galo e do stop. Os alunos serão levados a pensar sobre o seu meio e aquilo que mudariam na sua escola e na sua rua.

A 14 realiza-se workshop para as escolas do ensino secundário do concelho de Loulé. Fala-se de “As Cartas Ridículas do Senhor Fernando e os Suspiros Líricos da Menina Ofélia”, peça levada à cena pela ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve – que sobe ao palco no Cineteatro Louletano no dia 15, também para escolas, às 10h30.

Também a 14, mais uma sessão do ciclo de cinema francês, desta vez com uma comédia, “Fragile” – uma estória romântica sobre desejo, paixão e frustração, para ver no Auditório do Solar da Música Nova, às 21h00.

A 17 de novembro, às 19h00, no Cineteatro Louletano, há ópera em versão cinema com o clássico “La Traviata”, de Giuseppe Verdi.

No dia seguinte, a 18, às 11h30, no Auditório do Solar da Música Nova, mais uma edição dos concertos “Crescendo”, um momento em que se juntam repertórios diversos e diferentes instrumentos, numa forma espontânea de mostrar o trabalho de alunos e professores do Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado.

A 19 acontece o concerto de encerramento do Ciclo de Bandas Filarmónicas – Loulé Concelho, organizado pela Sociedade Filarmónica Artistas de Minerva (no âmbito do seu 147.º aniversário). Este evento propõe duas bandas do Algarve, a Sociedade Musical e Recreio Popular de Paderne e a Sociedade Filarmónica Portimonense, numa oportunidade para mostrar o trabalho de músicos bastante jovens, dirigidos por dois jovens maestros, Tiago Pires (Paderne) e Gabriel Rodeia (Portimão).

Entre 20 e 30 de novembro, “escrevem-se” os Cadernos de Campo, de Mónica Samões e José Pelicano. Cadernos de Campo é um projeto desenvolvido ao longo de duas semanas em contexto escolar com uma turma de crianças do 1.º ciclo.

No dia 22, quarta-feira, às 21h00, assinala-se o dia de Santa Cecília, santa padroeira dos músicos. Os professores do Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado brindam o público com um concerto no Cineteatro Louletano.

Quase a chegar ao fim do mês, entre 23 e 26 de novembro, está marcado o regresso de um festival muito especial, de produção própria – Som Riscado, Festival de Música e Imagem -, que vai para a 8.ª edição. Este ano, há alguns nomes sonantes como os The Gift e Stereossauro, mas sempre mantendo o conceito de base do festival, com abordagens que incluem a multimedia e a componente visual como premissas obrigatórias. Como é hábito, o festival distribui-se por várias salas da cidade, tendo como epicentro o Cineteatro Louletano. O Som Riscado inclui também ainda um foco na participação do público, motivando workshops e instalações interativas.

A 29, há “Mão Verde” no Cineteatro Louletano, um quarteto de músicos que assegura guitarra, baixo, teclados, percussão, bateria e vozes e que tem Capicua como um dos elementos principais.  Em duas sessões dirigidas a escolas (pré-escolar e 1.º ciclo), às 10h30 e 14h30, os “Mão Verde” convidam verdes e maduros (os professores) a dançar como se ninguém estivesse a ver, enquanto se aprende mais sobre as ervas, as borboletas, a fruta da época e tudo o que tem a ver com a natureza.

De 30 de novembro a 3 de dezembro, Marlene Barreto orienta uma residência artística de artes performativas, no feminino. A residência “Feminismo, instrumento para uma nova Democracia” é dirigida a mulheres, pessoas não binárias e/ou em questionamento identitário e todas as pessoas que defendem uma perspetiva feminista. As inscrições são aceites até dia 20 de novembro, através do e-mail [email protected].

A fechar o mês e já a entrar por dezembro, decorre o Festival Contrapeso, este ano subordinado ao tema “Gerações” e com um programa multidisciplinar de teatro, jazz e poesia, e várias ações de mediação, como workshops, masterclasses e conversas pós-espetáculo.

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