A EDP projeta para este ano um resultado líquido positivo em torno dos 900 milhões de euros, segundo a apresentação aos investidores feita esta quinta-feira em Londres, para revelar os planos do grupo até 2020.
A projeção de curto prazo aponta para um lucro em linha com o de 2015 (que foi de 913 milhões). No entanto, o resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) poderá ter um corte. A EDP estima que este ano o EBITDA supere os 3,6 mil milhões de euros (em 2015 chegou a 3,9 mil milhões).
Nas perspetivas plurianuais, até 2020 a EDP estima que o lucro crescerá 4% ao ano. No seu anterior plano de negócios (apresentado em Londres em 2014) o grupo previa que o seu lucro viesse a crescer em média 5% ao ano.
Apesar da estabilização dos resultados, António Mexia fez em Londres um balanço positivo dos resultados obtidos pelo grupo nos últimos anos, sublinhando que a EDP “tem claramente um perfil distinto das restantes utilities europeias”, conseguindo fontes de receita diversificadas e um retorno acionista acima de muitos dos seus concorrentes.
Embora a dívida líquida ascenda a 17 mil milhões de euros, com um múltiplo face ao EBITDA ainda superior ao que tinha sido projetado para 2017, António Mexia notou que a desalavancagem financeira da empresa tem sido uma prioridade da gestão. “Temos sido consistentes a fazer o que precisávamos”, afirmou.
Segundo os dados publicados esta quinta-feira pela EDP, desde 2014, entre vendas de ativos e aquisições o grupo conseguiu um encaixe líquido de 2 mil milhões de euros, parcialmente usados para reduzir o endividamento do grupo.
(O jornalista viajou a Londres a convite da EDP.)
Miguel Prado (Rede Expresso)