A Comissão de Utentes da Via do Infante acaba de garantir que vai “endurecer” as medidas de luta contra as portagens previstas para aquela estrada e anunciou que interporá uma providência cautelar no dia em que o diploma for publicado no Diário da República.
Em conferência de imprensa realizada esta sexta-feira, os responsáveis daquela comissão de utentes revelaram ainda que estão a agendar mais uma marcha lenta na EN-125, provavelmente já para o próximo mês de agosto.
A conferência contou com a presença de João Vasconcelos e João Caetano, os dois nomes que dão habitualmente a cara pelo movimento, mas também de José Vitorino, do movimento Cidadãos com Faro no Coração, e José Amaro, presidente do Moto Clube de Faro.
Quando questionados acerca de uma possível desobediência civil, ou seja, se os algarvios decidirem não pagar mesmo quando as portagens já estiverem em vigor, os responsáveis da comissão de utentes consideraram que, a acontecer, esta desobediência será “legítima” e representará a resposta a uma medida “ilegal” e “imoral”. No entanto, frisaram que não concordam com ações que impliquem qualquer tipo de violência.
Os responsáveis da Comissão de Utentes da Via do Infante aproveitaram também para criticar as declarações de Macário Correia, considerando que o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve “traiu” e “ofendeu” aquela comissão de utentes. E responsabilizam mesmo o autarca “e quem estiver ao seu lado”, pelo “agravamento da crise”, bem como pelo “aumento de mortos e de feridos na EN-125”, se as portagens avançarem na Via do Infante.
Recorde-se que, depois de se mostrar contra as portagens, Macário Correia considerou recentemente que estas são “inevitáveis” e que, “com as medidas da troika em cima da mesa”, não antevê “qualquer possibilidade de essa situação de isenção ser considerada ou aprovada” pelos partidos que “estão comprometidos com a situação financeira dramática que o país tem”.
“As desculpas que Macário Correia dá sobre a crise são falsas, porque a crise já está instalada há pelo menos um ano, com os PEC”, recordam os responsáveis daquela comissão de utentes, que acusaram ainda o autarca de estar a “lançar uma campanha para os algarvios concordarem e aceitarem as portagens”.
Realmente é uma vergonha haver portagens no algarve quando não existe uma alternativa decente, ao contrario do que acontece em muitos locais do pais. Basta saber se as estradas do algarve foram construidas com dinheiro da UE porque se assim foi, nenhum governo tem legitimidade para colocar aqui portagens.
Eu NÃO pago. Contem comigo para a luta. Ainda mais aquela história da requalificação da 125 é uma treta, não é com mais meia dúzia de rotundas e com bermas arranjadinhas que a 125 passa a ser alternativa. Senhor Miguel Freitas, senhor Macário… tenham vergonha e não digam asneiras