A criança de Tavira desaparecida há mais de dois anos foi encontrada no início desta semana na Bélgica, com a avó paterna, e deverá regressar a Portugal nos próximos dias.
Atualmente, Alice, com nove anos, encontra-se ainda numa instituição belga, após ter sido descoberta no âmbito de uma investigação desenvolvida pela Polícia Judiciária, em colaboração com a Interpol e a agência de cooperação judiciária Eurojust.
Logo que foi encontrada com a avó de 70 anos, a menina passou por um hospital e fez testes físicos e psicológicos, que deram a entender que a criança está bem de saúde.
A mãe, Carla Evangelista, aguarda com muita ansiedade o regresso a Portugal da sua filha, que continua dependente de uma ordem do procurador de Liège.
A menina estava desaparecida desde julho de 2012. Na altura, foi passar as férias de verão com o pai, um agente da Polícia Marítima de Tavira, que a deveria ter entregue à mãe, detentora do poder paternal.
O agente estava fugido com a filha desde então e, durante dois anos, o único contacto que fez com a mãe de Alice, Carla Evangelista, foi através de uma mensagem de telemóvel onde a avisava que não ia voltar a ver a filha.
As autoridades acreditam que o pai mudou várias vezes de residência, em Portugal e no estrangeiro, e terá tido a ajuda de familiares e amigos para não ser localizado.
O homem acabou detido em Lisboa na passada quinta-feira. Estava em casa de familiares na zona de Caneças. Mesmo depois da detenção, recusou indicar o paradeiro da filha.
Sabe-se agora que a menina está bem de saúde, internada numa instituição belga. Em breve, regressará a Tavira para junto da mãe.
Entretanto, o pai da criança, Paulo Guiomar, está suspenso de funções na Polícia Marítima desde 2012 e já foi alvo de um processo disciplinar por alegadas ofensas à integridade física da ex-mulher e por rapto da sua própria filha.
JA