Máquinas de campanha já no terreno, cartazes no final de setembro

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As “máquinas” das campanhas presidenciais são movidas a trabalho voluntário, embora a contratação de empresas especializadas não esteja excluída, devendo os primeiros cartazes de Alegre e Nobre estar na rua a partir do final de setembro.

Na estrutura da candidatura de Manuel Alegre “reproduz-se localmente o que faz nacionalmente”, com mandatários distritais para as mesmas áreas nacionais, como mandatários financeiros e de juventude, disse à Lusa fonte oficial da candidatura.

A mesma fonte não avança o número de pessoas envolvidas na candidatura apoiada pelo PS e pelo Bloco de Esquerda, mas garante que todos o fazem como “ato de envolvimento cívico à margem dos seus empregos”.

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Os slogans e os cartazes, que deverão ir para a rua “pouco depois de 11 de setembro”, deverão ser “poucos”, por uma “questão de custos”, e, por enquanto, “estão a ser feitos com os criativos que existem na própria campanha”.

“Isso não significa que não venha a haver contributos de natureza específica com origem empresarial”, acrescentou a fonte.

A candidatura de Fernando Nobre tem organizações distritais e nas regiões autónomas, envolvendo dois mil voluntários e cerca de 20 mil apoiantes, organizados sobretudo a partir das redes sociais, disse à Lusa o diretor de campanha, Artur Pereira.

Com 10 sedes distritais já de portas abertas, a candidatura de Nobre conta abrir as portas de mais quatro espaços.

Os primeiros “outdoors” de Fernando Nobre deverão estar na rua “entre o final de setembro e o princípio de outubro”.

Por enquanto não há empresas contratadas a trabalhar na campanha do presidente da Assistência Médica Internacional (AMI), que deverá ser “contida, mas digna” em termos de gastos, acrescentou o diretor de campanha, sem avançar valores.

O deputado socialista e ex-autarca de Viana do Castelo Defensor de Moura reclama-se “discípulo de Obama” na utilização da internet, nomeadamente as redes sociais e o sítio da candidatura, que está ser concebido por voluntários.

Nesta matéria, pelo menos no facebook, Fernando Nobre vai à frente, com mais de 19 mil apoiantes, seguido de Manuel Alegre, com mais de cinco mil apoiantes, e de Defensor de Moura com quase 200.

Defensor de Moura explicou à Lusa que tem um “gabinete central” em Viana do Castelo a “funcionar diariamente, com 25 voluntários”.

O candidato revelou ainda que não fará cartazes, “por filosofia e por motivos financeiros”, sendo por princípio contra qualquer forma de “poluição visual”, honrando ter presidido à associação das cidades saudáveis.

O atual Presidente da República, Cavaco Silva, que não anunciou ainda uma eventual recandidatura, gastou cerca de quatro milhões de euros na campanha de há cinco anos.

Na altura, Cavaco Silva recorreu aos serviços da empresa de comunicação LMP, de Luís Paixão Martins, que afirmou quinta feira ao jornal i que aceitará “com o maior gosto” estar novamente envolvido na campanha.

A candidatura de Manuel Alegre devolveu há cinco anos 220 mil euros do subsídio estatal a que os candidatos têm direito, tendo registado 849 mil euros de despesas e 1.069 milhões de euros de receitas.

AL/JA

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