Depois de o último grande incêndio ter chegado às “portas” da vila e de ter obrigado a retirar pessoas de casa por segurança, a Associação de Produtores Florestais do Barlavento Algarvio (Aspaflobal) vai liderar uma ação que visa criar um corredor de proteção em Monchique. O objetivo passa por plantar árvores autóctones e mais resistentes ao fogo do que o eucalipto
Carvalhos, sobreiros e medronheiros em vez de eucaliptos. A Associação dos Produtores Florestais do Barlavento Algarvio (Aspaflobal) está a desenvolver, juntamente com o município de Monchique e vários proprietários do concelho, uma ação que visa proteger a vila de incêndios, como o que aconteceu no último mês de agosto, em que as chamas estiveram às “portas” de Monchique durante a noite, causando o pânico entre os 2300 habitantes.
Segundo explicou ao JORNAL DO ALGARVE o presidente da associação de produtores florestais, Emílio Vidigal, a ideia é criar uma espécie de corredor florestal apenas com árvores autóctones mais resistentes ao fogo do que o eucalipto.
“Identificámos que há pequenas bolsas de eucaliptos, em doze pequenas propriedades junto à vila, que podem representar um perigo grande em caso de incêndio. Algumas destas árvores são de grande porte e estão muito perto de casas”, revelou o presidente da Aspaflobal.
Desta forma, a associação vai proceder a “uma ação de reconversão e proteção do perímetro urbano da vila de Monchique, substituindo pequenas áreas de eucalipto, na encosta sul da vila, que se encontram desordenadas, por espécies mais resistentes ao fogo e características da nossa região”, revelou o responsável, salientando que esta medida deverá ajudar a evitar uma nova tragédia, como a que atingiu a serra de Monchique, no verão de 2018…
(NOTÍCIA COMPLETA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – NAS BANCAS A PARTIR DE 7 DE MARÇO)
Nuno Couto|Jornal do Algarve