Mourinho diz que Paulo Bento “é o melhor”

ouvir notícia

O treinador do Real Madrid, José Mourinho, diz que Paulo Bento “é o melhor” técnico para a seleção portuguesa de futebol, que considera não ser um espaço de afirmação pessoal.

Num artigo de opinião publicado no site da Associação Nacional da Treinadores de Futebol (ANTF), Mourinho volta a lamentar não poder ter ajudado a seleção lusa nos jogos com a Dinamarca e a Islândia, de apuramento para o Euro2012, mas pede apoio para Paulo Bento.

“Agora, Portugal tem um treinador e ele deve ser olhado por todos como ‘o nosso treinador’ e ‘o melhor’ até ao dia em que deixar de ser ‘o nosso treinador’. Esta parece-me uma máxima exemplar: o meu é o melhor! Pois bem, se o nosso é Paulo Bento, Paulo Bento é o melhor”, lê-se.

- Publicidade -

Mourinho disse esperar de Paulo Bento “independência, capacidade de decisão, organização, modelagem das estruturas de apoio, mobilização forte, fonte de motivação e, naturalmente, coerência na construção de um modelo” de jogo.

“Sinceramente, acho que o Paulo tem condições para desenvolver tudo isso e para tal terá sempre o meu apoio. Se ele ganhar, eu, português, ganho; se ele perder, eu, português, perderei. Mas eu também quero ganhar”, disse.

Para o treinador do Real Madrid, “as selecções nacionais não são espaços de afirmação pessoal, mas sim de afirmação de um país”, em que os “os jogadores não são apenas profissionais de futebol”.

“Os jogadores são além disso portugueses comuns que, por jogarem melhor que os portugueses empregados bancários, taxistas, políticos, professores, pescadores ou agricultores, foram escolhidos para lutarem por Portugal”, referiu.

Mourinho considera que “há coisas na sociedade portuguesa incomparavelmente muito mais importantes que o futebol”, mas que “os portugueses que vão jogar por Portugal têm de saber para onde vão, ao que vão, porque vão e o que se espera deles”.

“Aí, não se passeia prestigio; aí, não se vai para levar ou retirar dividendos; aí, quem vai, vai para dar; aí, há que ir de alma e coração; aí, não há individualidades nem individualismos; aí, há portugueses que ou vencem ou perdem, mas de pé; aí, não há azias por jogar ou por ir para o banco; aí, só há espaço para se sentir orgulho e se ter atitude positiva”, afirmou.

Mourinho lembrou o convite que recebeu para treinar a selecção nestes dois jogos, dizendo que, pela primeira vez na sua vida profissional, pensou “de uma forma emocional e não racional”, garantindo que “por um par de dias” se sentiu como treinador de Portugal.

“Mas, sublinho, agora já a frio: foi e é uma decisão fácil de entender. Estou ao leme de uma nau gigantesca, que não se pode nem se deve abandonar por um minuto. O Real decidiu bem”, admitiu o técnico depois de ter colocado a decisão nas mãos do presidente ‘merengue’, Florentino Perez, que recusou o ‘empréstimo’.

Portugal, penúltimo classificado do Grupo H, após o empate caseiro com o Chipre (4-4) e a derrota na Noruega (1-0), recebe a Dinamarca na sexta feira, no Estádio do Dragão, no Porto, e visita a Islândia, ‘lanterna vermelha’, na terça-feira.

JA/AL

- Publicidade -
spot_imgspot_img

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.