Hosni Mubarak, que começou a ser julgado esta quarta-feira por denúncias de corrupção e pela responsabilidade na morte de manifestantes, governou o Egito durante três décadas, até ter sido forçado a abandonar o poder em fevereiro passado, após uma revolta popular contra o seu governo sem precedentes na história recente do país.
Fotos recentes suas, que mostravam o ex-presidente visivelmente bem para os seus 83 anos, foram retiradas dos edifícios oficiais, e os vendedores da Praça Tahrir, epicentro dos protestos na capital egípcia, vendem hoje caricaturas de um ex-presidente com a fisionomia abalada.
No julgamento desta quarta-feira, o ex-presidente egípcio e os seus filhos Alaa e Gamal declararam-se inocentes no Tribunal Penal do Cairo. Pouco depois, o tribunal adiou o processo para 15 de agosto.
O presidente do tribunal, Ahmed Rafaat, ordenou que o ex-presidente egípcio permaneça num hospital próximo do Cairo até a próxima audiência.
Os filhos de Mubarak são julgados pelas mesmas acusações do ex-presidente.