…Faz hoje precisamente uma semana que tomou posse o novo secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias, que mereceu de diversas entidades nacionais elogiosas referências pela sua nomeação.
De entre elas o presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, que disse ser “uma boa decisão”, vincando as “características humanas excecionais e competências técnicas elevadas” do, na altura, empossado. Visão que, numa área próxima, o presidente do Comité Paralímpico, José Manuel Lourenço, igualmente partilha.
No futebol, o presidente da FPF, Fernando Gomes, fez notar que o até então vogal da direção do organismo se revela uma “pessoa íntegra, competente e de dedicação extrema”. E, em comunicado, a Liga profissional, liderada por Pedro Proença, desejou “sucesso”, augurando uma “relação de diálogo construtivo e cooperação constante”.
Do mesmo logo, Daniel Monteiro, presidente da Confederação do Desporto adiantou “enorme expetativa”, solicitando “a coragem e vontade política que tem faltado para concretizar as necessárias reformas que o desporto precisa”.
Pedro Dias, que gosta de adormecer a ler – mera curiosidade – advém, como vogal, da direção da direção Federação Portuguesa de Futebol, foi praticante nos escalões de formação do F.C.Porto, tendo saído para se dedicar aos estudos e ao futsal, para o qual criou um plano nacional, no desempenho de funções federativas.
Agora, perante este desafio, importará esperar que possa apresentar uma estratégia para o desporto português.
Recordar, porque a propósito e correspondendo aos elogios que mereceu, com o sublinhado de que foi responsável por ter montado uma base de partida e posterior consolidação para os títulos europeus e mundiais da modalidade de pavilhão – o futsal – mais praticada em Portugal; ainda como líder, em dado momento, do desporto universitário.
Ligado a este desafio e com a esperança de que, de algum modo, se possa mudar o paradigma, em função da mudança de leme, talvez que a justificar trazer ao ‘palco dos acontecimentos’ mestre – porque sábio! – Manuel Sérgio, quando, não há muito tempo, desenvolvia esta, quanto a nós, oportuna e assertiva, ideia-pensamento, e citamos: “Por detrás da atividade docente de alguns professores de Educação Física e Desporto há um corpo de conhecimentos científicos caquético, obsoleto, doentiamente envelhecido, contra o qual vêm lutando alguns profissionais desta área, mas que não conseguem ultrapassar a ignorância de muitos políticos, nem a teimosia dos «especialistas»(?) que fazem e propõem os currículos escolares. E por que digo que “há um corpo de conhecimentos científicos caquético, obsoleto, doentiamente envelhecido”? Porque o paradigma por que se regem está declaradamente errado, ou seja, manifestam não saber que a área da educação física e desporto só como ciência social e humana pode entender-se. investigar-se, compreender-se”.
Se, enquanto opção manifestamente válida, escutando – mais do que só ouvir…- o mestre, então: entenda-se, investigue-se e compreenda-se, dando ‘corda aos sapatos’… – porque o tempo urge -, em favor de uma geração de crianças e jovens que hoje desponta que esperará, de nós adultos, uma programação que lhes proporcionemos o indicar de uma ‘rota’ para verdadeiramente se constituírem em navegadores com… bússola!
Pela simples razão de que: ‘Não é pensando que somos é sendo que pensamos’!
*”Embaixador para a Ética no Desporto”