Até há pouco tempo, os franceses não gostavam de Valérie Trierweiler, a ainda primeira-dama francesa. Um dia, uma senhora da província chegou mesmo ao ponto de dizer a François Hollande, na rua, cara a cara e em direto para as televisões, no decorrer de uma sua visita a uma localidade: “Senhor Presidente, não se case com ela, a gente não gosta dela!”. Na altura, Hollande ficou completamente embasbacado, sem saber o que dizer.
Agora, os franceses começam a inquietar-se com a saúde dela, que continua internada, desde há sete dias, num hospital de Paris. Valérie Trierweiler, que é jornalista, tem recebido a visita de amigos pessoais, entre eles diversos colegas de profissão. E as notícias sobre o seu estado de saúde começam naturalmente a circular em Paris. A rádio Europe 1 deu-lhes eco esta manhã, dizendo que ela vai continuar internada porque “continua num estado de fadiga nervosa extrema”.
Valérie deu entrada no hospital na sexta-feira passada, no dia em que a revista de mexericos “Closer” surgiu nas bancas com uma reportagem paparazzi sobre o caso amoroso secreto entre François Hollande e a atriz Julie Gayet. De acordo com a emissora, no Eliseu o assunto do internamento da primeira-dama é tabu. Mas toda a gente anda preocupada com as consequências que este affaire pode ter.
Com sondagens em mínimos históricos – hoje, um estudo indica que o Presidente francês tem 17% de opiniões favoráveis e que o Governo apenas conta com 14% – François Hollande ainda não encontrou uma saída airosa para a sua situação pessoal complicada. Em França, todos consideram que quanto mais tempo durar a confusão em torno da sua vida pessoal pior será para ele. “É preciso que o Presidente se decida muito depressa”, diz um colaborador do Eliseu, citado pela estação de rádio.
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