Negociações de paz entre Kiev e separatistas canceladas

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Foram canceladas as negociações de paz entre o Governo de Kiev e os separatistas pró-russos, agendadas para esta sexta-feira em Minsk. O anúncio foi feito pelos rebeldes pró-russos e pelo ministério bielorrusso dos Assuntos Exteriores.

O negociador principal dos rebeldes de Lugansk, Vladislav Deinego, declarou que “os representantes das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk não farão parte das negociações esta sexta-feira”.

O acordo negociado entre as duas partes, para troca de prisioneiros, já foi cumprido, segundo garantiram os separatistas e o Serviço de Segurança da Ucrânia, citados pela agência russa Interfax: foram libertados 150 soldados ucranianos e 255 separatistas. No entanto, faltava ainda chegar a um consenso sobre a abertura de corredores de ajuda humanitária e a retirada do armamento pesado da zona de conflito entre separativas e forças ucranianas.

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Rússia condena aproximação ucraniana à NATO

Os motivos para cancelar esta ronda de negociações ainda não foram avançados. No entanto, esta terça-feira a Ucrânia deu um passo importante de aproximação à NATO, com a aprovação de um projecto-lei que cessa o estatuto da Ucrânia de país não-alinhado.

A decisão, aprovada com 303 votos a favor e oito contra, foi ontem condenada pela Rússia. O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, afirmou à agência estatal russa que “os esforços da Ucrânia para aderir à NATO são perigosos, não apenas para o povo ucraniano, já que não existe consenso sobre esse assunto, mas também para a segurança europeia”. E acusou “alguns países ocidentais” de quererem “manter a crise na Ucrânia e aumentar os confrontos entre a Rússia e a Ucrânia, inclusive através de provocações como a adesão à Aliança Atlântica”.

Esta aproximação da Ucrânia à NATO não é nova. A Aliança já aumentara este ano a sua presença no leste da Europa, na sequência de acusações de que a Rússia estaria a apoiar e armar os separatistas pró-russos no leste ucraniano. Moscovo, no entanto, nega esse tipo de envolvimento na crise da Ucrânia.

RE

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