No Algarve, Pedro N. Santos acusa Governo de partilhar agenda com extrema-direita

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O secretário-geral do PS acusou esta sexta-feira, dia 5, o Governo da Aliança Democrática de partilhar uma agenda política com partidos da extrema-direita, “partilha que ficou clara” no discurso de tomada de posse do novo primeiro-ministro português.

“O que nós vamos assistindo é a uma direita tradicional a assumir as bandeiras da extrema-direita, como aliás já hoje se verifica em Portugal”, disse Pedro Nuno Santos, em Portimão.

Durante a sua intervenção na sessão de abertura da reunião anual do Partido Socialista Europeu no Comité das Regiões, que decorre naquela cidade algarvia, o líder socialista disse que essa aproximação “ficou clara desde logo no discurso de tomada de posse do primeiro-ministro português”, Luís Montenegro.

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Para Pedro Nuno Santos, “existem mais semelhanças entre os partidos da direita tradicional, a chamada direita clássica, e os da extrema-direita, do que aquilo que se vai ouvindo”.

“A direita tradicional, quando precisa de governar, não hesita em aliar-se à extrema-direita e nós temos assistido nos últimos anos a um avanço da extrema-direita na Europa”, apontou.

Segundo o secretário-geral do PS, “as semelhanças entre direita e extrema-direita” são visíveis em toda a Europa, “onde governam juntos, onde a direita tradicional sentiu necessidade de se aliar para governar”.

“Ou governam com a extrema-direita ou assumem as suas bandeiras. Não governam com a extrema-direita, mas assumem parte da sua agenda”, notou.

Pedro Nuno Santos alertou para a importância de os socialistas manterem “a sua ideologia e combater as novas alianças” para responder aos problemas das pessoas e manter a democracia e o Estado democrático.

“Há ideologia, há politica diferente e os socialistas vão mostrando ao longo dos anos que nos distinguimos de forma séria daquilo que é o trabalho que a direita vai fazendo”, concluiu.

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1 COMENTÁRIO

  1. Por vezes, as incongruências, de tão escandalosas e absurdas que são, fazem com que não resistamos a ser, como se costuma dizer, “advogados do diabo”.

    Para o senhor Pedro Nuno Santos, merece ser apontado com o dedo acusador o facto de, como ele afirma, “o Governo partilhar agenda com a extrema-direita” …

    É caso para contrapor que teria ganho bem mais, em matéria de coerência, que se mantivesse calado, em vez de dar o flanco a óbvias e legítimas críticas, uma vez que são públicas as suas apetência e proximidade com os comunistas trotskistas da extrema-esquerda, mais conhecidos por Bloco de Esquerda, sendo que, no caso em que fosse Governo, seria algo que estaria, eventualmente, já a ser concretizado em tratos pontuais, como, aliás, ocorreu, no âmbito da badalada Geringonça …

    Recorrendo a um conhecido provérbio popular, por vezes, é preferível deixar-se entrar moscas na boca a fazer sair asneiras …
    É, manifestamente, o caso …

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